Dando continuidade ao que aqui se iniciara...
Donna Elvira será sinonimo de Della Casa e Danco, rimando ainda com Te Kanawa e Isokoski... mas, acima de tudo, na discografia, Elvira escreve-se com E!
Elisabeth Schwarzkopf compõe, nesta mesma interpretação, o modelo definitivo de Donna Elvira. Já antes o ensaiara, com Furtwängler, mas a seriedade excessiva do maestro cerceou as veleidades buffas da intérprete!
Giulini – e Legge, seguramente! – deram-lhe carta branca para fazer o que bem entendesse... e Schwarzkopf fez um milagre: Elvira, doravante, na ópera, é a representante suprema da "credulidade ridícula"! Genuína, dócil, algo irascível, eternamente esperançosa, mas sempre, sempre ciente da sua linhagem!
Por via da leitura de Schwarzkopf, Elvira afirma a sua nobreza de carácter, que constitui o seu cavalo-de-batalha.
O mais extraordinário do trabalho de Elisabeth S. radica na versatilidade – no Mi Tradì, as inflexões da voz fazem história, pelas modulações dramáticas que produzem! Numa mesma frase, são tantas e tão dispares as emoções que brotam...
(Elisabeth Schwarzkopf)
Donna Elvira será sinonimo de Della Casa e Danco, rimando ainda com Te Kanawa e Isokoski... mas, acima de tudo, na discografia, Elvira escreve-se com E!
Elisabeth Schwarzkopf compõe, nesta mesma interpretação, o modelo definitivo de Donna Elvira. Já antes o ensaiara, com Furtwängler, mas a seriedade excessiva do maestro cerceou as veleidades buffas da intérprete!
Giulini – e Legge, seguramente! – deram-lhe carta branca para fazer o que bem entendesse... e Schwarzkopf fez um milagre: Elvira, doravante, na ópera, é a representante suprema da "credulidade ridícula"! Genuína, dócil, algo irascível, eternamente esperançosa, mas sempre, sempre ciente da sua linhagem!
Por via da leitura de Schwarzkopf, Elvira afirma a sua nobreza de carácter, que constitui o seu cavalo-de-batalha.
O mais extraordinário do trabalho de Elisabeth S. radica na versatilidade – no Mi Tradì, as inflexões da voz fazem história, pelas modulações dramáticas que produzem! Numa mesma frase, são tantas e tão dispares as emoções que brotam...
(Elisabeth Schwarzkopf)
Tenho uma crónica escrita por João Bénard da Costa que hei-de de postar um dia destes sobre esta grande senhora ...
ResponderEliminarFernando,
ResponderEliminarSó espero que não seja uma daquelas em que o dito cujo idolatra os intérpretes, por vezes de forma patética!
Bem na verdade talvez seja, ou pelo menos admito que possa ser lida dessa forma. Mas poderá julgar por si próprio em breve ...
ResponderEliminarPorém não precisamos todos de heróis? Não vejo grande mal em idolatrar interpretes mesmo que de forma patética (para alguns). Mas lá está isso é a minha faceta romântica. Gosto das emoções levadas ao extremo, não sou grande partidário da contenção nesses casos ! :-) À chacun son goût et ses Dieux :-)