Uma A Bela Moleira dramaticamente rica, em expressividade, cor e anima!
Kaufmann e Deutsch propõem uma interpretação fina, plena de subtilezas e pujante.
Jonas Kaufmann, de voz baritonal, ampla e grandiosa, aborda este ciclo de Schubert imbuído de teatralidade dramática: fiel aos estados de alma veiculados pelos poemas de Wilhelm Müller, com a sua imensa capacidade histriónica, revisita o esplendor da euforia, a raiva dilacerante e o desespero melancólico.
A sanidade vocal – voz aberta, plena e ampla, com um vigor heróico singularíssimo – alia-se a uma interpretação amadurecida, menos camarística porventura…
Neste magnífico registo, há teatro e drama a rodos, apoiados numa das mais belas vozes de que há memória, viril, segura e grandiosa, paradoxalmente pueril e bucólica.
Para a eternidade!
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(5/5)
A par com a interpretação de Wunderlich é, sem dúvida a minha preferida. A de que menos gosto é a do Goerne.
ResponderEliminarEu comprei o seguinte cd http://www4.fnac.com/mp3184888/Schubert-Die-Winterreise-Die-Schone-Mullerin?ref=3&Fr=0&To=0&Nu=11&from=1&Mn=-1&Ra=-29 e acho que é melhor disco relação preço/qualidade que alguma vez adquiri.
ResponderEliminarO Hans Hotter é conhecido de todos agora desconhecia, e não estava sequer preparado, para a revelação do tenor Aksel Schiotz.
Aconselho vivamente.
Sem desmerecer o Kaufman que está optimo nesta versão da Bela Moleira.
Apesar de ser a voz do rio que exprime o seu sentir, parece que vemos já no último poema “Des Baches Wiegenlied” (Faixa 20, a última portanto) um outro Wandrer ( o de Winterreise), que compreende e partilha do sofrimento do jovem poeta que pôs termo à sua vida, afogando-se nesse mesmo rio.
ResponderEliminarComo eu já disse, foi uma primeira audição da Schone Mullerin e não possuo mais nehuma. Por isso, não posso ajuizar muito profundamente e fazer comparações com outras Mullerines.
Mas daquilo que postou, Dissoluto, subscrevo também da sua opinião.
LG