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quinta-feira, 1 de abril de 2010
Herr Dammann
Em abono da verdade e coerência - tal como afirmei, neste mesmo espaço, há exactamente um ano atrás - Christoph Dammann foi, até à data, o mais distinto director artístico do Teatro Nacional de São Carlos.
Coitado de Herr Dammann. :_( Mas não há p´ráí uma alma caridosa que o defenda? … É que isto já se está a transformar num autêntico Auto-de-Fé do pobre do homem. Só falta ir ao Rossio ou à Ribeira das Naus queimá-lo AO VIVO! … com paus e pedras a condizer :-D :-D …´tá bem, pronto. O homem não nos trouxe muita felicidade, mas fora da corrente Regietheater que pulula por essa Europa afora, o homem não está. Olhem que a Wiener Staats já entrou nesta onda de encenações; na Alemanha é o que se sabe: a pátria do próprio Regietheater; na Inglaterra e Espanha pende-se de um lado para o outro; na Opera de Paris, Nicolas Joel quer o seu estabelecimento bem longe dele; no sagrado Met, Peter Gelb quer um bocadinho dele, para dar cabo do museu Zeffirelli, etc., etc. … Vá lá, deixai o homem ir em paz à vida dele… E QUE NÃO VOLTE TÃO CEDO! … :-)) LG
Lá vou em fazer um comentário em jeito de defesa do homem...
A maior parte das pessoas pensa que a cultura em Portugal é uma fonte de riqueza (ou pelo menos o anterior ministro asim pensava), se olharmos para o orçamento do ministério, uma fatia vai para os criadores daqueles filmes fantástico que ninguém vai ao cinema ver, outra fatia vai para fundações de arte comtempôranea que expõe coisas que ninguém percebe, e depois existem as pequeninas fatias... uma para os museus que estão a cair, mas o dinheiro que lá chega quase nem dá para comprar papel de impressora (e calem-se aqueles que dizem que isso não se passa em Portugal, porque passa e eu tenho de lidar com isso todos os dias), outra fatia vai para umas peças de teatro em alguns teatros da capital e pouco mais além, um fatia ainda mais pequenina para o ballet (porque afinal essa gente querer é magra) e para a ópera (que é fundamentalmente custear espetáculos para uma elite sediada em Lisboa ver!, pois se o Zé-dos-Boís que paga impostos em Braga também tem o direito de poder ir á ópera, mas para isso tem de vir até Lisboa)! E esse é o panorama económico da cultura em Portugal!
A qualidade do São Carlos até pode ser duvidosa... mas se a direcção não têm dinheiro, das duas uma ou não há espetáculos porque não são de qualidade, ou há espetáculos de qualidade duvidosa. A questão é que a nova direcção deve vir com a benção ministrial, logo podemos esperar um aumento do fundo financeiro para óperas de qualidade. Para o antigo director, com a asfixia financeira em que teve de gerir o teatro, os meus sinceros parabéns! Relativamente a qualidade dos espetáculos...isso é outra conversa.
E já falam do regresso do Pinamonti... lá vem mais um Däs Marchen do Emmanuel Nunes
hell yah!
ResponderEliminarAh, April fool's Day...
ResponderEliminarLüge,lüge...
;-)
ResponderEliminarAinda bem que não se perdeu a tradição do Dia das Mentiras...
ResponderEliminarCoitado de Herr Dammann. :_(
ResponderEliminarMas não há p´ráí uma alma caridosa que o defenda? …
É que isto já se está a transformar num autêntico Auto-de-Fé do pobre do homem. Só falta ir ao Rossio ou à Ribeira das Naus queimá-lo AO VIVO! … com paus e pedras a condizer :-D :-D
…´tá bem, pronto. O homem não nos trouxe muita felicidade, mas fora da corrente Regietheater que pulula por essa Europa afora, o homem não está. Olhem que a Wiener Staats já entrou nesta onda de encenações; na Alemanha é o que se sabe: a pátria do próprio Regietheater; na Inglaterra e Espanha pende-se de um lado para o outro; na Opera de Paris, Nicolas Joel quer o seu estabelecimento bem longe dele; no sagrado Met, Peter Gelb quer um bocadinho dele, para dar cabo do museu Zeffirelli, etc., etc. …
Vá lá, deixai o homem ir em paz à vida dele…
E QUE NÃO VOLTE TÃO CEDO! … :-))
LG
Lá vou em fazer um comentário em jeito de defesa do homem...
ResponderEliminarA maior parte das pessoas pensa que a cultura em Portugal é uma fonte de riqueza (ou pelo menos o anterior ministro asim pensava), se olharmos para o orçamento do ministério, uma fatia vai para os criadores daqueles filmes fantástico que ninguém vai ao cinema ver, outra fatia vai para fundações de arte comtempôranea que expõe coisas que ninguém percebe, e depois existem as pequeninas fatias... uma para os museus que estão a cair, mas o dinheiro que lá chega quase nem dá para comprar papel de impressora (e calem-se aqueles que dizem que isso não se passa em Portugal, porque passa e eu tenho de lidar com isso todos os dias), outra fatia vai para umas peças de teatro em alguns teatros da capital e pouco mais além, um fatia ainda mais pequenina para o ballet (porque afinal essa gente querer é magra) e para a ópera (que é fundamentalmente custear espetáculos para uma elite sediada em Lisboa ver!, pois se o Zé-dos-Boís que paga impostos em Braga também tem o direito de poder ir á ópera, mas para isso tem de vir até Lisboa)! E esse é o panorama económico da cultura em Portugal!
A qualidade do São Carlos até pode ser duvidosa... mas se a direcção não têm dinheiro, das duas uma ou não há espetáculos porque não são de qualidade, ou há espetáculos de qualidade duvidosa.
A questão é que a nova direcção deve vir com a benção ministrial, logo podemos esperar um aumento do fundo financeiro para óperas de qualidade.
Para o antigo director, com a asfixia financeira em que teve de gerir o teatro, os meus sinceros parabéns! Relativamente a qualidade dos espetáculos...isso é outra conversa.
E já falam do regresso do Pinamonti... lá vem mais um Däs Marchen do Emmanuel Nunes