O Festival d’Aix-en-Provence constitui uma verdadeira referência no panorama lírico europeu. Em importância, apenas Salzburgo o suplanta – em requinte, nem Salzburgo lhe chega aos calcanhares, desde que, em inícios da década de 1990, o festival austríaco se vergou diante do novo-riquismo.
A 61ª edição de Aix conta, inevitavelmente, com a presença da incontornável crise, hélas! Ainda assim, destaco duas produções de encher a alma: a derradeira peça d’O Anel - O Crepúsculo dos Deuses - , sob a direcção de Rattle, e Idomeneo, encenado por Py, com um dos maiores tenores mozartianos da história, Richard Croft.
Em Aix, durante o mês de Julho, a regra é fruir...
«Lorsque Bernard Foccroulle a pris la direction du Festival d'Aix, en 2007, on pouvait redouter pour lui une crise de schizophrénie. Organiste belge, plongé dans la musique de Bach, intellectuel et humaniste, il se retrouvait à la tête du plus mondain des festivals de l'Hexagone, une sorte de Salzbourg français. Et se retrouvait avec, sur les bras, le projet pharaonique lancé par son prédécesseur Stéphane Lissner : La Tétralogie, de Wagner, avec le Philharmonique de Berlin dirigé par Simon Rattle, dans le Grand Théâtre de Provence construit à cet effet. Il a joué le jeu avec loyauté et continuera de miser sur l'excellence, puisqu'après les Berliner Philharmoniker, un autre orchestre prestigieux sera en résidence à Aix (on parierait volontiers sur une phalange londonienne…).»
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