(cena de O Crepúsculo dos Deuses, Palau de les Arts - Valência, 30 de Maio de 2009)
Los cimientos, sin embargo, continúan siendo la orquesta y las voces. En cuanto a la primera, dirigida por Zubin Mehta, sólo cabe admirarse ante su largo y concienzudo trabajo, su capacidad de narración, el lirismo, el aliento épico y la profesionalidad al servicio de la voz y de la escena. Entre los solistas, todos ellos de alto nivel, precisa destacarse el Hagen del bajo Matti Salminen, que no cantaba únicamente: también decía. Gustó asimismo la brillantísima Brunilda de la soprano Jennifer Wilson, algo disminuida, sin embargo, en el acto tercero. Catherine Wyn-Rogers estuvo ejemplar en la parte más lírica de su relato. Elisabete Matos encarnó bien a Gutrune. Lance Ryan -bonita y potente voz- anduvo quebrado (Siegfried, como Brünnhilde, exigen resistencia extrema) desde el do del tercer acto, pero encontró a partir de ahí, paradójicamente, resortes expresivos que no se plasmaron antes. Puso así la base emocional que impregna la Marcha fúnebre, con su cuerpo transportado solemnemente por la sala y la orquesta proyectándose en el escenario. Este momento será difícil de olvidar para quien estuvo allí. Consiguió restarle importancia, incluso, a la tontería de poner a Siegfried cantando boca abajo, o a la inventada (y dulzona) reconciliación entre Brunilda y Gutrune, que no figura en el libreto.»
Há uns bons anos – em inícios da década de 1990 -, em Lisboa, tive a infelicidade de assistir a alguns trabalhos dos Fura dels Baus: uma estética psicótica, marcada por perseguições e insultos dirigidos ao público, amiúde gratificado com vómitos e fragmentos de corpos de animais, brutalmente esquartejadas. Enfim, deplorável! Nunca mais me apanharam.
À época, uma certa Lisboa sofisticada, ávida de experiências – limite (onde se inclui, creio, pagar para levar no focinho) foi ao rubro, rejubilando com aquela “ousadia estética”.
Doravante, os catalães Fura dels Baus enveredaram pela encenação operática. Consta que a La Damnation de Faust (Berlioz) que encenaram em Salzburgo foi memorável. Nunca a vi…
Desta feita, os Fura assinaram a mise-en-scène de O Crepúsculo dos Deuses (R. Wagner), em Valência, no Palau. Ao que se diz, o melhor de tudo foi a música e as vozes...
Graças a(os) Deus(es)!
Ver Salminen no Hagen não é para todos.
ResponderEliminarQuem o diz sou eu, Raul
ResponderEliminarVá lá Dissoluto, não seja mauzinho...
ResponderEliminartambém nunca os vi em espectáculo próprio, por isso não vale a pena estarmos aqui a fazer grandes julgamentos. Mas pelo que eu tenho visto nos sites de referência e no You Tube, o Ring dos Furia não é assim tão mau e excelente nos figurinos e cenários, onde devolvem mesmo um certo onirismo e primitivismo humano à coisa...
Porque se fosse mais um Stuttgart Ring... Deus nos livre e guarde!! :-@
deixe-os lá Dissoluto, tão bem como estão... ;-)))
Do seu, LG