(O Clímax, ilustração de Salomé, Oscar Wilde, 1893)
Injustamente (?!), do meu ponto de vista, a Salome do São Carlos tem sido alvo de criticas absolutamente destrutivas. Preparei-me para o escabroso; serviram-me um prato cheio de mediania, a tender para a mediocridade. Podia ser pior...
A encenação desta Salome teria feito furor se acaso tivesse a assinatura de um dos enfant terrible da mise-en-scène operática - Peter Sellars ou Claus Guth, por exemplo.
Se tal fosse o caso – estou certo – a fina flor da capital ter-se-ia vergado. Mas como a encenadora é novata, por bandas lusas...
Karoline Gruber, a encenadora, limita-se a transpor a atmosfera de luxúria e decadência para a actualidade. Junta-lhe uns pós de perversão e suburbanismo e pronto. O clima é animado por uma arquitectura tipicamente massificada e de mau-gosto, impregnado de um espírito periférico e suburbano (o prédio do cenário). Há álcool e drogas a rodos e uma panóplia de perversos – putas, transexuais e pedófilos.
A coisa tolera-se até à dança dos sete véus. Aí, a mais aberta das mentes explode!
Qual dança, qual carapuça! Dobrar a intérprete com recurso a uma bailarina? Nem por sombras! Gruber resolve o problema recorrendo à imbecilidade: Salomé e o padrasto envolvem-se num jogo perverso, seduzindo-se estupidamente, enquanto Herodíada – uma espécie de Amy Winehouse – trata da roupa...
Consta que Karoline Gruber recorreu à psicanálise para conceber este trabalho. Não dei por nada... E logo eu, que tenho formação psicanalítica! O que a senhora fez – repito – foi actualizar o clima em que a trama decorre.
Neste capítulo, não a apedrejo.
Wilde e Strauss concebem um universo claramente perverso, no sentido mais amplo da palavra. A protagonista é uma mulher perversa, no sentido psicopatológico do termo: a sua sexualidade é regida pelo desvio. A mãe é igualmente perversa, o padrasto um pederasta...
So what, senhora Gruber?!
Não é necessário explicar o óbvio! A perversão e toxicomania não se dão por geração espontânea – como aliás a grande maioria das perturbações mentais, na óptica da psicanálise. A protagonista nada mais faz que perpetuar, transgeracionalmente, um ambiente marcado pela marginalidade (também sexual), ambiente esse onde se presume ter sido gerada e educada.
No plano musical, deparei com uma OSP coesa, globalmente bem dirigida, mau grado as prestações das madeiras – tendencialmente desafinadas – e percussão – sempre em fortissimo, tudo abafando e esmagando.
Quanto aos intérpretes, o que dizer...
D’abord, Nancy Gustafson – ossia Salomé -mal se ouve.
Quando se consegue escutar (muito raramente), a intérprete revela afinação e domínio técnico. Cenicamente não se perde. Mas... NÃO HÁ SALOME SEM VOLUME!
Não é por capricho que se escolhem sopranos dramáticos para o papel de Salomé! É por necessidade imperiosa e incontornável! A orquestra maciça e densa esmaga vozes de volume reduzido e mediano, pelo que...
Jason Howard – o João Baptista – apresenta uma voz igualmente pequena, embora mais encorpada e seguramente melhor projectada. A mímica é fracota, mas enfim.
A Herodíada de Araya é deplorável, com uma voz horrenda, de timbre agreste e estridente. Carlos Guilherme – perdoem-me os fãs – tem uma figura algo ridícula, que combina na perfeição com Herodes, o sumo representante da decadência. Por mérito do intérprete ou constituição da criatura, a interpretação do tetrarca da Judeia destaca-se, contando com um plus: o timbre, que conserva uma indesmentível beleza e originalidade.
Quanto ao resto... é da ordem do banal e olvidável.
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(2,5/5)
Nota 1 Bom, bom foi ter adquirido bilhetes de última hora, a €20! Tivesse eu embarcado na onda da assinatura e esta crítica transpiraria fel e ódio.
Nota 2 Nunca, por nunca vi tantas crianças de tenra idade no TNSC – nem na última medíocre A Flauta Mágica (temporada de 2001 / 2002). Qualquer leigo, minimamente conhecedor da peça de Wilde – ou mesmo do episódio bíblico de Salomé – adivinha que o conteúdo da ópera – para não falar da encenação – é totalmente desaconselhado e desadequado ao público infantil!!! Pois – pasme-se – vi e ouvi crianças, em permanência, pelo chão, brincando, gralhando... Mais não digo, por pudor.
5 de março ou 5 de abril???
ResponderEliminareu tinha avisado que a encenação deixava muito a desejar.... a récita que passou na antena 2 e a qual gravei.. prometia.. mas ao vivo deixou-me com fel na boca
karoline gruber novata nestas andanças??? ainda não viu o cv da senhora??? depois do desastre do das marchen no ano passado... piorar era muito dificíl!! mas a senhora conseguiu!!! viva
Para La Mattos esta encenação seria uma mácula...que a orquestra abafa as vozes isso é um dado adquirido sim, mas porque são meras vozinhas. Mas confesse lá seu maroto que se estivesse ali o alvo dos seus fétiches, tivesse ela ou não volume na voz, estaria a tirar-lhe outras medidas. A Gordalhufa da Mattos poder-se-ia ouvir mas olhar para ela, ui, seria dramático, então na cena da bailarina...
ResponderEliminarAperto de mão
cansado de ser um mero anónimo...
ResponderEliminarp.s. eu bem avisei sobre a salomé....
É assim caro Dissoluto,
ResponderEliminarConcordo quase inteiramente com o seu Post, mas eis algumas reflexões que me suscitou este mesmo seu post em relação à SALOME, que tanto pedi que a fosse ver apesar do seu boicote (??!!) ao S. Carlos.
Citando-o, então, e se me permite, e permitam-me os frequentadores do Blog alguns dos meus habituais inglesismos:
“A protagonista é uma mulher perversa, no sentido psicopatológico do termo: a sua sexualidade é regida pelo desvio.” - Por isso fica tão bem às wagnerianas!! Daí Nilsson (que como actriz, sem Herr Wieland, não era uma coisa por aí além… E EU QUE A IMORTALIZO!!); Rysanek e (arrisco!!... ó se arrisco!) Eva Marton!
“A mãe é igualmente perversa” – Regina Resnik para Erich Leinsdorf.
“O padrasto um pederasta...”- Gerhard Stolze para Georg Solti.
“D’abord, Nancy Gustafson – ossia Salomé -mal se ouve.
Quando se consegue escutar (muito raramente), a intérprete revela afinação e domínio técnico. Cenicamente não se perde. Mas... NÃO HÁ SALOME SEM VOLUME!” – RIGHTíssimo!
“Não é por capricho que se escolhem sopranos dramáticos para o papel de Salomé! É por necessidade imperiosa e incontornável!” - Daí as wagnerianas!
“Carlos Guilherme – perdoem-me os fãs – tem uma figura algo ridícula, que combina na perfeição com Herodes, o sumo representante da decadência. Por mérito do intérprete ou constituição da criatura, a interpretação do tetrarca da Judeia destaca-se, contando com um plus: o timbre, que conserva uma indesmentível beleza e originalidade.” – Right! Certo!... So?... de que se queixa?... ;-)
“Pois – pasme-se – vi e ouvi crianças, em permanência, pelo chão, brincando, gralhando... Mais não digo, por pudor.” Confesso que este seu final da Nota 2 não o entendi… a sério!!... :-)
Um abração.
O seu costumeiro,
LG
P.S. Ah, e já agora... Não é Março. É Abril! ;-D
Em tantos de profissão ,esta foi das melhores críticas que eu já li!Tudo muito bem fundamentado ,com uma perspicácia,inteligência e ouvido musical muito,mas muito,acima do nível dos pretensos críticos da nossa praça.Até nas notas finais a crítica é perfeita.Tudo isto sem ser mal educado nem recorrendo a ofensas gratuitas e faltas de respeito para com os profissionais que participaram no espectáculo.Sem qualquer tipo de ironia ,diria que este é que é um verdadeiro Senhor Doutor!
ResponderEliminarParabéns meu caro!
P.S. Apenas uma pequena correcção-a récita foi a 5 de Abri e não a 5 de Março.
Pois também fui ver ontem e concordo no essencial do que diz, valendo isto o que vale de um mero amador. Gostei bastante do João Baptista aí discordo um pouco do, não tive dificuldade em o ouvir. Salomé sim muitas vezes completamente afogada pela orquestra. Quando a consegui ouvir gostei da voz. Da encenação eu particularmente não gosto de "actualizações" feitas só porque sim. Além de óbvios erros em relação ao que se estava a dizer (sangue quando não havia, pálida quando esta estava de costas e longe) coisas que me irritam um pouco na ópera ... De resto quanto às crianças por amor de Deus. Será que não sabem que - para já não dizer outra coisa - existe a Internet ? Que tal uma pesquisa antes de ... ? É que não é por ser à tarde que o espectáculo é forçosamente adequado a crianças. Gostava de saber, para já não falar de outras coisas como é que os pais explicaram a ultima cena às poucas crianças atentas até ao fim. A cabeça degolada, infelizmente a isso penso que já estão habituados agora o resto ... bem cada um come o prato que (pun intended)... Se me permitisse dar uma nota daria meio valor a mais 3/5. Gostei da Orquestra. Ah e quanto à Flauta Mágica do ano passado, pois aí não concordamos ... Aliás se ontem estavam (mal) crianças na sala a essa Flauta se deve e isso IMHO seria bom. Desculpe o longo comentário ...
ResponderEliminarAnónimo,
ResponderEliminarA Gruber É novata cá no burgo - esta é a segunda colaboração da senhora com o TNSC! Que o curriculum é extenso, sem dúvida, mas lá fora.
Anónimo,
ResponderEliminarA Matos não teria feito pior figura - cenicamentre. Como não houve dança... Vocalmente, teria abafado a orquestra, como se pretende, aliás!
LG,
ResponderEliminarVejo que preferes uma wagneriana ;-) Não me espanta - são as melhores Salome (por serem volumosas...vocalmente), excepção feita à Studer, LA SALOME ASOLUTA!
A Interpretação de Solti é memorável, mas... A protagonista da Rysanek (BOhm) é mais convincente do que a Nilsson.
Malfitano - nos mid 1980 - era estrondosa, Marton uma canastrona, Behrens um sonho, Inge Nilsson uma curiosidade e... Studer - repito - inigualável ;-)))
Try it
Um abraço para ti
Fernando,
ResponderEliminarConcordo com tudo o que diz, mas A Flauta a que me refiro NÃO É DA TEMPORADA PASSADA! Falo da de 2002!
Mlinsky e demais atentos ;-)))
ResponderEliminarJá corrigi o lapso do 5 de Março ;-)
Ah ... Então peço desculpa essa não vi. Como concordamos em quase tudo admito que também concordariamos nisso :-)
ResponderEliminarCaro Dissoluto,
ResponderEliminarTornando-o a citar, e comentando-o:
“Studer, LA SALOME ASOLUTA! (…)... Studer - repito - inigualável ;-))) Try it” – vejo aqui a sua costela de fã da EX-grande Studer. Disse-me quem a viu num recital em S. Carlos nos idos de 90, acho eu, que não valia o que a máquina da DG fazia dela. Mas, segundo rezam as crónicas, nem ela nem a Marton, que partilharam a disputa do 1ºlugar como SALOMEs nos idos de 90, têm registos filmados das suas incarnações neste preteritíssimo papel. Marton foi ao palco com ele, Studer não sei se alguma vez o foi… se me elucidasse…
Não tenho, repito-o, a versão áudio SALOME Studer, Sinopoli/DG. Espero-a apanhar em promoção nesses hipermercados da cultura que, por motivos de publicidade gratuita, nem vou referir o nome… apanhei há dias Karajan Edição Top DG Requiem de Mozart, 9ª de Beethoven, Wagner a menos de 12 Euros… Viva a crise das Majors Discográficas!!! ;-D
Irei adquirir esta SALOME, um dia… assim o espero, mais por Sinopoli do que por Studer. Parece já estar um bocado esquecido o grande Giuseppe Sinopoli. Inadmissível!!... um dia o seu Bruckner e Mahler serão bem laudados do que a presente fanfarra de críticos, que o põe nas ruas da amargura. Um dia também, assim o espero…
“Marton uma canastrona” – não me fale mal da grande Eva Marton… senão zango-me consigo!... ;-D … é o mesmo caso de você e da Studer; mas este assunto fica para outra ocasião.
“Behrens, um sonho” – aqui 100% de acordo consigo. Pena foi o rumo que deu à voz… um caso um bocado similar com outra grande Salome filmada e muito pouco aqui ainda referenciada: Teresa Stratas.
Isso são outros debates… e levariamos aqui eternidades… e tenho que me despachar, porque antes de jantar queria ainda continuar a ouvir o GIULIO CESARE de Haendel… :-) perto, historicamente, mas a galáxias de distância da SALOME de Richard Strauss. :-)
O seu costumeiro,
LG
Ó João, esta é boa a de dizer que a Salomé da Stratas foi aqui muito pouco referenciada !
ResponderEliminarA Marton ! Para mim uma cantor com uma técnica defecientíssima. Tirando uma época em que era uma Turandot credível, no resto só havia o animal de palco.
João,
ResponderEliminarNoventa e cinco por cento de acordo com a sua apreciação desta Salomé. Os outros 5 por cento,são de dúvida de que Peter Sellars conseguisse assinar algo tão sofrível, ah... mas, a Saloice da "fina flor" Lisboeta é verdadeiramente temível e por demais previsível...
La Matos teria concerteza conseguido ser Maior que a encenação.
Abraço e saudações a todos
Glória
"deficientíssima" por "defecientíssima".
ResponderEliminarOlh de qem eu já tinha saodades…
ResponderEliminarCaressímo Raul,
Boas viajens de airoplano, é o que lhe desego!...
O seu costumeiro,
LG
LG,
ResponderEliminarPara que não digas que nunca se falou da Salome da Stratas, aqui vai o link:
http://operaedemaisinteresses.blogspot.com/2007/07/sie-ist-ein-ungeheuer-deine-tochter.html
ps A Studer era FABULOSA, FABULOSA! Vi-a live e essa do marketing da DG é uma treta!!! A sua Salome - que apenas interpretou em versão de concerto - é a MAIS FABULOSA QUE CONHEÇO!!!
Nao posso concordar consigo. Aquilo nao é uma transposiçao para o presente. Era outra história, onde nem sequer se percebia o desejo da Salomé pelo S. Joao. Eu nao vi nenhuma Salomé, aliás vi 2 "Salomés": uma zombie e uma bebeda assassina-suicida. Só assim se percebe porque nunca foi doce nem sedutora. Além disso, a cabeça embrulhada no final e vaguendo na "praça pública" é a cena inicial do "Império dos Sentidos"- Um piscar de olhos para a co-produçao japonesa? S. Joao rejeita Salomé porque é homossexual e gosta do pajem? Isto é mesma outra história. Quanto à orquestra, acho que foi conduzida a ferros e tocou sempre forte nao deixando aparecer as "nuances" e delícias musicais que integram a obra. S. Carlos merece melhor. Atrevo-me a dizer Portugal merece melhor. Ainda bem que a Matos nao cantou porque esta produçao ser-lhe-ia prejudicial. Ela esteve na plateia na récita de 2feira. Eu gostava de ter sido uma mosquinha para lhe ler o pensamento.
ResponderEliminarCaro anónimo,
ResponderEliminarTodos nós merecemos melhor,mas para isso tem de haver mais "graveto" dos nossos governantes.Será que com 10000 euros consegue comprar um Ferrari?Pois é...!Temos de viver com aquilo que temos.Enquanto os nossos políticos forem "analfabrutos"...!Eu não sou novato nisto,não sou especialista em intérpretes líricos como vocês e respeito muitíssimo as vossas opiniões,mas já acompanhei grandes divas do canto(no S. Carlos e no estrangeiro) e sei reconhecer o mau ,o bom e o excelente.Sem querer entrar em polémica,não sei se a Elizabete(que conheço há mais de 20 anos)faria melhor ou pior "Salomé",deixando apenas uma pergunta:
Lembram-se da 9ª de Beethoven(talvez há 2 anos atrás!!???)no S.Carlos em que a Elizabete cantou?
Quem é que prejudicou quem ,nessa altura?
E já agora que estou com "a mão na massa"!
Orquestra conduzida a ferros?Não me parece que a"Salomé" tenha sido uma tourada!???Quanto muito,devido à dificuldade da obra poderá dizer que foi um parto difícil.
Saudações Musicais
Nunca devia ter dado as cachimbadas. Até porque não gosto de cachimbo. Foi um erro, mas estamos sempre a aprender.
ResponderEliminarSr. José Mlinsky,
ResponderEliminarSó por curiosidade. Fala de alguém ter prejudicado a interpretação da Nona. Mas a solista soprano tem uma interpretação tão limitada !
essa nona nao foi aquela desastrosamente conduzida pelo José Cura?
ResponderEliminarA Studer no primeiro recital de lied no S. Carlos estava na sua melhor forma. Na sua segunda aparição alguns anos depois para as 4 últimas canções mostrava já uma voz declinante mas mesmo assim foi digna se bem que inferior à Voigt e Polaski que cá cantaram o mesmo reportório num intervalo de cerca de 2 anos. Sim, para quem não se lembre, e são muitos, nessa altura tivemos cá alguns dos melhores cantores dessa época.
ResponderEliminarCaro Raul,
ResponderEliminarLimitada ,pequena,mas importantíssima e que pode estragar todo o quarteto solista!E se bem me lembro,algumas críticas na altura foram todas direitinhas para a OSP e Coro,cujo desempenho foi considerado fraco , prejudicando os solistas.!!????
Considero-me extremamente exigente na minha profissão,saindo muitas vezes desiludido dos concertos da OSP nos quais participei ou assisti,mas por curiosidade e mero acaso, ouvi a gravação dessa 9ª Sinfonia e posso garantir que a parte orquestral não estava nada mal.Na minha modesta opinião a Elisabete não estava bem preparada.Facilitou!!!!
Falta humildade às nossa estrelas.E não acontece só com a Elisabete.O mesmo se passa com instrumentistas.
Portugueses,excelentes(virtuosos) músicos e intérpretes, humildes, sem tiques de vedetismo,alguém se lembra de algum? Um Senhor chamado Vasco Barbosa,diz-vos alguma coisa?
Desculpe Raul e os leitores ,se aqui o Mlinsky exagerou nos comentários.
Saudações Musicais
P.S. Daniel-não me refiro a essa nona do Cura.Essa foi uma "décima segunda"Eh!Eh!Eh!.Foi um desastre."Cada macaco no seu galho" e por isso o senhor Cura deveria ter ficado pelo canto(voz). Mas preparem-se que em Julho aí vem ele outra vez!!!!!!!
A 9ª de Beethoven na qual participou Elisabete Matos fazia parte de uma integral dirigida por Donato Renzetti à frente da OSP (2005/2006). Faziam ainda parte do quarteto de solistas Enkelejda Shkosa, Aquiles Machado e Walter Fink.
ResponderEliminarP.S. Studer e Sinopoli na Salomé são extraordinários.
Caro José Mlinsky,
ResponderEliminarMuito obrigado pela sua informação.
Sei muito bem quem é Vasco Barbosa. Há muitos anos, talvez perto dos quarenta (meu Deus!) vi-o tocar magistralmente o Concerto de Violino de Beethoven no Coliseu e também neste lugar, uns dois meses antes do 25 de Abril, lembro-me do seu lindíssimo solo na Missa Solene do mesmo compositor. Lembro-me da sua postura, extremamente simpática.
Caro Hugo,
ResponderEliminarAproveito a boleia para lhe perguntar qual a editora da sua Elektra do Met com a Nilsson, Resnik e Ryzanek ?
Caro Raul,
ResponderEliminaré uma gravação privada. No entanto, o registo encontra-se disponível com a seguinte referência: Omega Opera Archive 1702 {2CDRS}.
Obrigado Hugo e Raul!Pela memória formidável e pela atenção dispensada.
ResponderEliminarCaro Dissoluto,
ResponderEliminarQuando disse “muito pouco aqui ainda referenciada”, queria-me referir, obviamente, neste seu Post sobre a Récita da SALOME no S.Carlos, em que, congratulando-o, houve grande aderência e debate “Salomeístico”. Muito obrigado pela sua chamada de atenção e pelo seu link, que eu já tinha visto anteriormente, e quanto à SALOME da Stratas concordo plenamente consigo.
Retenho uma grande curiosidade pela SALOME Bohm/Jones/ Cassilly/Dunn/Fischer-Dieskau Registo áudio DG, que, além de ser difícil de arranjar hoje, também não o possuo na minha discoteca… deixa-me apanha-lo em dia sim, a “preço de uva mijona…” em qualquer revenda hipermercado da cultura, crise das majors discográficas… ;-D
Tornando-o a citar, caro Dissoluto:
“A sua Salome - que apenas interpretou em versão de concerto” – Ah! É a isto que eu quero chegar e me estou a referir. Não foi ao palco com ela, não a interpretou em palco que eu saiba…
“é a MAIS FABULOSA QUE CONHEÇO!!!” – Dissoluto, Divas e gostos, não se discutem…
mas no fim de contas, não é BÓPTIMO estarmos sempre aqui a Postar sobre elas, hã???... :-) ;-D
Um abração.
O seu costumeiro,
LG
Esquecia-me só da seguinte observação:
ResponderEliminarAcabei por encontrar uma amiga minha na récita da SALOME a que assisti no dia 1 de Abril. No famoso final da mesma, no meio dos famosos aplausos e APUPOS! ( Me including!...), dirigi-me a ela. Perguntou-me: “-então?... gostaste?”
A minha resposta foi um vigoroso pôr a língua de fora e “vomitar” um sonoro “BaaaHHHH!!...” a resposta da minha amiga foi peremptória: “-tá calado! VOCÊS não percebem nada disto! Isto é um expiar de uma criança… o sexo feminino… o útero…” Uma senhora que estava mesmo ao nosso lado virou-se para nós e concordou plenamente com os comentários da minha amiga sobre a récita, sobre a encenação…
Nem disse à minha amiga, na hora, que tinha sido um dos que vigorosamente tinha apupado… sujeitava-me a levar dela, ali na hora, um valente soco na cara… conhecendo-a como eu a conheço… :-D ;-)
As MULHERES retiravam-se silenciosas sem tecer comentários sobre o que tinham visto; se falavam umas com as outras, não se entendia o que diziam…
Os HOMENS é que não; comentavam alto e bom som: “-o quê? Dar dinheiro para ver isto???... Dinheiro deitado à rua… Qual Dança dos 7 véus, qual quê??!!... Uma mulher a passar a roupa a ferro!!!... Francamente!!??... Monte de lixeira…”
Um bom caso a analisar,caro Dissoluto,não acha?...
Do seu sempre,
LG
LG,
ResponderEliminarCom o devido respeito, essas senhoras tão mazé malucas! Que interpretação tão delirante! QUe disparate...
(perdoem-me mais uma vez os frequentadores deste blog pelos meus inglesismos)
ResponderEliminarYou bet, Dissoluto!...
… você lá sabe… você é que é o psicanalista… ;-)
Mas olhe lá, Dissoluto… você tem a certeza que esta encenação não tem a ver com pénis, vaginas, testosteronas, fluidos vaginais, produção de espermatozóides, orgasmos, úteros, blá, blá, blá, blá, blá, blá… e coisas afins…??? :-D :-D :-D :-D ;-)
Um abração, Dissoluto
O seu costumeiro,
LG
P.S. o que eu daria no nosso S. Carlos por uma encenação do Calixto Bieito… :-D :-D
então é que era o fim da moral e dos bons costumes no nosso Teatro Nacional… :-D
e o princípio do reino de todas as Salomes… :-D ;-)
Leste a crítica do Jorge Calado no Expresso? ;) Segundo ele, o pior espectáculo que já viu LOL
ResponderEliminarMoura,
ResponderEliminarClaro que li. Nada exagerado ;-)))
Com o devido respeito ao critico referido no comentário da Moura Aveirense (Jorge Calado)eu quase que lhe recomendava que visse o filme Ratatouille e que reflectisse na ultima critica do critico de culinária. Se depois, arrependido, quisesse criar um novo S. Carlos obviamente seria bem vinda a adição ao panorama cultural ...
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