terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Medea ou Medée, em aperitivo

Medea, na versão italiana, ou Medée, na francesa.

Medeia para todos os gostos, sempre fiel a Cherubini.

Como aperitivo à Medée a que assistirei na Gulbenkian, eis três indispensáveis interpretações, de duas das mais extraordinárias artistas que revitalizaram a horrenda, terrífica e complexa criatura: Callas e Rysanek.


(Medea, de Cherubini, por Callas e Bernstein - EMI -, por Callas e Serafin - EMI - e por Rysanek e Stein - RCA)

Para que conste, a belíssima G.Jones também deixou a sua marca singular na interpretação de Medeia. Mas, dado que não conheço a sua leitura do papel, não me pronuncio.

Já nos nossos dias, Theodossiou – cuja interpretação da mesma figura abrilhantou uma recente temporada do São Carlos (a.d. ossia antes da derrocada) -, juntamente com a deslumbrante Antonacci, parecem partilhar as mais electrizantes incarnações da figura grega.

Veremos como se porta Iano Tamar, quinta-feira próxima...


Como curiosidade, eis algumas imagens da Callas como Medeia (inclusive na polémica interpretação cinematográfica de Pasolini - cartaz publicitário)




5 comentários:

  1. Possuo a versão da Gwyneth Jones (Dame, diga-se!!... o seu a seu dono!).
    Já não a revisito há muito tempo, mas lembro-me de ser MUITO BOA (hoje diria ESPECTACULAR!!), ao que ajuda, claro!!, à interpretação trágica da heroína, o facto de possuir uma vocalidade irregular, agressiva... o que também não era estranho à MOTHER OF US ALL: Maria Callas.
    See You ;-)

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  2. Eu tenho a Medea da Jones, não no registo comercial Decca, mas numa gravação ao vivo no Colon de Buenos Aires. Como se trata de uma ópera que não frequento regularmente, não me posso pronunciar.

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  3. Eu acho que falar de Medeia é falar da Callas, ou seja, Medeia-Serafin, Medeia-Bernstein e Medeia-Rescigno.As outras gravações nunca as ouvi, mas a da Ryzanek, embora sem poder medir-se com a Callas, já li críticas bastante positivas. Da grande G. Jones, sei que a gravou, mas nunca a ouvi e nada sei da sua interpretação. Seria curiosa haver uma gravação da Caballe que a cantou nas ruínas romanas de Mérida para aí há uns 15-20 anos.

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  4. Acompanho com interesse a carreira do soprano Iano Tamar há já alguns anos. Dela possuo uma excelente gravação do Macbeth na versão original e também a medeia francesa que decepciona bastante. A pronúncia é bastante má, esperemos que tenha sido matéria de aperfeicoamento entretanto, e a interpretação pareçe-me contaminada para além do desejável pelos recitativos da versão da Callas o que resulta bastante incoerente e anacrónico. Ou seja esta gravação não é nem deixa de ser. O resto do cast é mediocre com a excepcão da Glauce da Cioffi.

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  5. Eu destacaria a Medeia do Charpentier com a magnífica Lorraine Hunt Lieberson. Uma obra prima!

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