quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

O Tannhäuser de Paris - II

Pois é, pois é! Não costumo enaltecer artistas líricos – nem outros! – "por dá cá aquela palha!"


(Stephen Gould como Tannhäuser, da ópera homónima)

Aqui há uns anos, nos primórdios deste blog, recomendei vivamente um registo do grande – agora muito grande – Stephen Gould.

Progressivamente, o senhor tem vindo a triunfar... Escrevam o que digo: dentro de alguns anos, depois da retirada de Heppner – esse, enormíssimo! -, o papel titular de Tristão não terá rival (além de Torsten Kerl)! Já para não mencionar o tremendo Siegfried, seja o da ópera homónima, seja o d’O Crepúsculo dos Deuses.

A verdade verdadeira é que o Tannhäuser que Gould interpretou em Paris, na Bastilha – à semelhança do que por aqui se referiu – triunfou! Tivesse eu uns cobres a mais e, em lugar de comprar uma assinatura no Teatro Colon, rumaria à minha segunda casa, Paris!

«On est heureux d'être revenu, car le chanteur Stephen Gould, si raide et si peu musicien à la première, le 6 décembre, donnée en version semi-représentée, s'est métamorphosé (Le Monde du 8 décembre). Après deux actes où le rôle exige un tonus vocal exceptionnel, il est parvenu à chanter sa rédemption finale avec fraîcheur et finesse.»

Posto isto, pergunto-me por que razão não me dediquei eu a outro labor, que não o de perscrutar (e transformar) mentes sofridas???

Fora eu um agente e estaria rico da Silva!

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