As minhas reservas em torno das concepções estéticas dos catalães Fura Dels Baus são imensas.
A única vez que assisti a uma performance dos ditos senhores - em Lisboa, na Estufa Fria - sai desolado: a crueza constituía o eixo da concepção artística, pecando pela absoluta falta de elaboração.
Recordei as concepções de Freud sobre o Processo Primário - o reino da descarga, sem labor algum - e de Klein sobre o universo psicótico, dominado pela ansiedade persecutória, pela crueza e destrutividade.
A verdade é que, tanto esta notícia, como esta, dão conta de um trabalho notável de encenação do grupo catalão, que em Paris assinam uma nova produção de O Castelo de Barba Azul, de Bartók.
Confesso que teria lá estado, se pudesse...
A avaliar pelas críticas...foi um sucesso. Mas as minhas reservas eram idênticas às suas.
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