segunda-feira, 2 de outubro de 2006

De Retour de Paris...

Dissoluto Punito regressa à pátria, depois de um fim-de-semana parisiense, em que vi Berlioz - Les Troyens - por um canudo!

Felizmente, tempo não me faltou para alguns souvenirs, entre os quais se encontra literatura psicanalítica, música (muita!), um casaco e sapatos, como não podia deixar de ser!







Quanto aos sapatos e casaco - côté mais fetichista do périplo - não encontro fotos disponíveis (vá-se lá saber por que razão...); j´en suis désolé...

13 comentários:

  1. Ver Teresa Stich-Randall neste poster só enobrece quem o colocou. Grandíssima cantora e mulher belíssima, foi uma presença assídua do Festival de Aix-en-Provence. Suprema em Mozart, está imortalizada em duas das maiores gravações do século XX: o Falstaff do Toscanini (Nanette) e o Cavaleiro da Rosa da dupla Karajan / Schwarzkopf (Sophie).
    Sobre este dvd do Hamlet, a ópera em si e a fabulosa interpretação da Natalie Dessay já me referi neste blogue. O mesmo também já o fiz em relação à Ermione.
    Raul

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  2. Raul,

    De facto, a Teresa Stich-Randall era uma mulher de se lhe tirar...o chapéu!
    Tenho todas as gravações que refere, mais um recital que deu, justamente em Aix, em 1958, com Rosbaud. Uma maravilha!

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  3. João,
    (A propósito de cantoras de ópera "de se lhe tirar o chapéu" vamos brincar um pouco !)

    Quem foi a notabilíssima cantora de ópera, grande Violeta, que foi considerada "uma das mulheres mais belas do mundo" e que pelas fotografias que vi, passe o exagero jornalístico, foi uma "estampa" ? Para ajudar, foi casada com um famoso baixo, muito presente nas primeiras gravações da Callas.
    Raul

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  4. Raul,

    Bela até mais não... Violeta...
    Só me ocorre a Moffo! Mas não é ela, pois não era casada com um baixo...

    Albanese?

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  5. A Licia Albanese ! Até a achava feia. Não, a Virginia Zeani que foi casada com o Nicola Rossi-Limeni.
    Outra cantora de ópera que esmagou audiências e que no momento era a cantora mais bem paga do mundo foi Maria Jeritza.
    Raul

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  6. Maria Jeritza foi a criadora da Mulher sem Sombra e R. Strauss e Puccini adoravam-na.
    Raul

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  7. Nunca a ouvi. O Raúl tem alguma gravação?

    J. Ildefonso.

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  8. Tenho um disco de árias de Maria Jeritza. Era rival, mas obviamente inferior, da divina Lotte Lehmann, a criadora da Imperatriz e do Compositor e o modelo da Schwarzkopf.
    Também tenho um disco de árias de Virginia Zeani, que agora nos setentas, ensinava há pouco nos Estados Unidos.
    Ainda uma nota:
    Quando falamos de Lotte Lehmann, estamos a falar de gravações dos ans 20 e 30 e eu gostaria de dizer ao João Ildefonso, se ler estas linhas, que encontra nesta cantora todas as virtudes que não encontra na Schwarzkopf. Também queria acrrescentar, e agora para o João Galamba, que espero que possua o Primeiro Acto da Valquíria, dirigido pelo Bruno Walter e com O Lauritz Melchior, o maior tenor wagneriano de todos os tempos.
    Raul

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  9. Raul,

    Quem não tem o dito I Acto d´A Valquíria, não é bom chefe de família ;-)))
    Claro que o tenho!

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  10. Desculpe a dúvida. O crítico André Tubeuf chama-lhe a oitava maravilha do mundo. É compreensível.
    Raul

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  11. Caro Raúl

    Confesso que nunca ouvi a Lotte Lehmann mas tenho curiosidade de escutá-la ao contrário de outros cantores históricos que não apelam à minha curiosidade.

    J. Ildefonso.

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  12. Caro J. Ildefonso,
    Para começar eu atirava-me à gravação da EMI que eu e o João Galamba referimos. É o 1º acto da Valquíria, dirigido pelo Bruno Walter e com o Lauritz Melchior e o Emanuel List. Este projecto gorou-se por causa da guerra e ainda se fez um segundo acto com um elenco diferente, excepto (thanks God) o Melchior. A Sieglinde da Lehmann é o modelo que devia ser seguido, mas limitações vocais-interpretativas impediram isso. Depois temos a versão abreviada do Cavaleiro da Rosa. Esta gravação além de conter a Marchallin melhor do seu tempo e preferida de Strauss, contem a Sophie ideal, nunca rivalisada, a imortal Elisabeth Schumann, uma das maiores cantoras do século XX. Este duplo cd também contem lieder straussiano, cantado por ambas cantoras.
    Os críticos da revisra CriticsCD ao fazerem o balanço dos cantores do século XX, colocaram os 5 primeiros sopranos na seguinte ordem:
    1. Kirsten Flagstad
    2, Maria Callas
    3. Lotte Lehmann
    4. Victoria de Los Angeles
    5. Elisabeth Schumann.
    Eu tenho um outro 2º acto da Valquíria de 1936 e o elenco é nada mais nada menos que o Melchior, Flagstad, Lehmann, e como isso não bastasse, o Wotam de F. Schorr (um deus vivo, o melhor Wotam antes do Hotter, e tirando este sem rival na posteridade. O maestro é nem mais nem menos que o Fritz Reiner. O que os Bandidos dos Nazis fizeram ! Note-se e para que todos admiremos, o Nazismo, através do Goering, quis fazer da Lehmann a grande cantora do Reich. A cantora, que os odiava, não só se recusou, como fugiu para a América. Na América tornou-se professora em Santa Bárbara, sendo a sua mais distinta pupila, Grace Bumbry. Em 1958, o Met entregou-lhe a encenação da ópera que a tinha glorificado, o Cavaleiro da Rosa, e entregou-lhe a Regine Crepin. A grande artista escreveu também novelas, a sua autobiografia e foi pintora. Entre cantoras, não conheço nenhum caso assim.
    Raul

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  13. Muito obrigado pelas informações Raúl.
    Um abraço.

    J. Ildefonso.

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