"Os trágicos acontecimentos ocorridos a 11 de Setembro de 2001 - particularmente no tocante à absoluta destruição do World Trade Center -, além de darem conta da vulnerabilidade estado-unidense (nos antípodas da omnipotência, sentimento que até à dita data reinou, sobretudo), a meu ver, decorrem de uma ansiedade tipicamente neurótica, na acepção psicanalítica: a ansiedade de castração.
De facto, não creio existirem símbolos mais afins com o poder fálico do que o World Trade Center, bem como a super-estrutura armada Pentágono!
Obviamente refiro-me à expressão fálica em termos simbólicos, dado que ambos os edifícios constituem duas expressões de poder absoluto: financeiro - no caso das torres - e militar - no caso do Pentágono.
Em minha opinião, o que se pretendeu com os atentados ocorridos a 11/09 nada teve que ver com um desejo de aniquilamento ou de erradicação maciça!
Antes se procurou lesar uma parte do mundo, isto é, castrá-la, tão profundamente quanto possível.
Resta dizer que, no que ao desenvolvimento psíquico diz respeito, a ansiedade de castração é organizadora, não apenas por confrontar o individuo com os seus limites e fragilidades, como por estabelecer alguns dos interditos fundamentais (nomeadamente os que decorrem da regra fundamental da interdição do incesto)..."
Mantenho o que disse!
Esta magnífica imagem - retirada desta notícia do The New York Times - fala por si: em redor da ausência / falha, há uma imensidão, uma vastidão de edifícios que evocam poder e soberania.
Mas, O BURACO (ground zero) é indisfarçável...
Quando naquele dia me deparei com a imagem dos aviões batendo no World Trade Center, pensei que fosse algum novo filme B de ação dos EUA. As imagens eram muito reais. Vou assistir esse filme, pensei. Só depois de alguns minutos que me dei conta do que estava acontecendo.
ResponderEliminarUm abraço
Marco Aurélio
Marco Aurélio,
ResponderEliminarVolte sempre... Mesmo que seja por motivos alegres e menos dramáticos!
Lembro-me muito bem.
ResponderEliminarAbro a televisão (RTP 1) para ver o telejornal ainda antes do impacto do segundo avião. Não largo a televisão, como é lógico, e vou-me apercebendo como todos de que se trata de actos terroristas inimagináveis. Reparo que os comentários dos jornalistas são muito pobres e fico parvo pelo facto de o jornalista J. R. dos Santos, com o qual jornalistacamente falando eu simpatizo, quando cai a primeira torre não se lembra que naquele instante estão a morrer mais de um milhar de pessoas. Nem uma palavra para esta facto, só para a parte catastrófica, material, visual, ...
Raul