Acredite o leitor, se assim o entender, que a primeira vez que deparei com um cartaz alusivo a esta desgraça, em lugar de 21 de Abril, apenas pude ler 1 de Abril, dado que o 2 estava ausente!
Pense, cogitei, meditei e reflecti:
1. Será um lapso, à la Freud, revelador do meu mais profundo desejo, sabiamente reprimido - leia-se recalcado -, de remeter esta inominável notícia para as calendas da mentira?
2. Será que o tenor siciliano pretende fazer uma incursão no repertório dramático, levando ao extremo a sua encarnação, à la Wagner, perecendo em palco?
3. Será que, à semelhança do que por cá se passa, a Caixa Nacional de Aposentações italiana se encontra falida, obrigando os idosos retirados a fazerem-se à estrada, dando o corpinho ao manifesto, à la Segurança Social do Burkinafaso (leia-se, "Não há reformas pra ninguém!!! Queres reforma? Trabalha! Mostra do que és capaz!")?
4. (e última: reflexão) Será que Luciano Pavarotti se move pela inveja, pretendendo arredar dos palcos circenses António Calvário, ocupando-os em grande estilo italiano?
No more words... (antevisão de uma tragicomédia)
Pense, cogitei, meditei e reflecti:
1. Será um lapso, à la Freud, revelador do meu mais profundo desejo, sabiamente reprimido - leia-se recalcado -, de remeter esta inominável notícia para as calendas da mentira?
2. Será que o tenor siciliano pretende fazer uma incursão no repertório dramático, levando ao extremo a sua encarnação, à la Wagner, perecendo em palco?
3. Será que, à semelhança do que por cá se passa, a Caixa Nacional de Aposentações italiana se encontra falida, obrigando os idosos retirados a fazerem-se à estrada, dando o corpinho ao manifesto, à la Segurança Social do Burkinafaso (leia-se, "Não há reformas pra ninguém!!! Queres reforma? Trabalha! Mostra do que és capaz!")?
4. (e última: reflexão) Será que Luciano Pavarotti se move pela inveja, pretendendo arredar dos palcos circenses António Calvário, ocupando-os em grande estilo italiano?
No more words... (antevisão de uma tragicomédia)
O texto publicitário é uma "jóia". O/A Jolly ? Quem será !?
ResponderEliminarDedicar-se ao ensino da música !!! Ou eu estou muito enganado ou já li que ele não lê lá muito bem música.
Tudo isto faz pena, mas só a alguns é que faz pena que uma das mais lindas vozes deste século acabe neste estado. Claro que quem gosta dos espectáculos tipo "três Tenores" e "Aidas" cinemascope vai ver o Pavarotti ao Pavilhão Atlântico.
Raul
Só uma pequena correção o Pavarotti não é siciliano ele é natural de Modena vizinho e contêmporaneo da Mirella Freni com quem partilhou na infância a ama de leite e na juventude o professor de canto. Imagino que tivesse um apetite menos voraz ou a Freni nunca teria chegado à idade adulta:-))))
ResponderEliminarJ. Ildefonso.
J.
João,
ResponderEliminarSabes que me dei conta desse lapso, logo após redigir o post? É que o acho quase mafioso - no sentido das aldrabices que tem vindo a fazer... Daí o meu lapso ;-)
"mafioso" ! Que exagero !
ResponderEliminarRaul
Sim tens razão há uma faceta Pavarotti um pouco sinistra:-)))
ResponderEliminarJ. Ildefonso.
Mas no meio deste todo disparate de fim de carreira porquê usar estes "epítetos" quando a pessoa possuíu o timbre de tenor mais belo das décadas de sessenta, setenta e oitenta. Não estou a dizer o melhor tenor, que esse é o Domingo (genial), mas a voz do Pavarotti é a perfeição total do tenor italiano. Eu sou mais "contido" nos juízos negativos, por isso gosta da crítica inglesa.
ResponderEliminarRaul
Caro Raúl
ResponderEliminarCom o final da minha juventude perdi toda a minha capacidade de contenção.... Ainda bem, senão poderia correr o risco de me levar demasiado a sério. O que pode ser um grande pecado... a vaidade. Mas como eu no fundo sou católico e crente e ambiciono ser virtuoso, deliberadamente, assumo-me como um "desbocado" sem nenhum tipo de complexos. Já agora a propósito da dita "contenção" da crítica britânica. Não foram eles que "fizeram" a Gheorgiu? Pois bem tiveram muito pouca intelegência e gosto... pois agora fiquem com ela!
J. Ildefonso.
A juventude é para mim um estado, pois a pessoa é sempre a mesma. A experiência torna esta - ou devia torná-la - mais sábia. Assim deixando a juventude tornei-me mais "sabido" e vi que o melhor era ser mais contido pelo menos no negativo, pois tenho consciência que exagero no positivo. Tenho o problema de gostar muito.
ResponderEliminarO Catolecismo em mim não o consigo dissociar do meu Eu-cultural. O ser virtuoso podemos sê-lo fora do catolecismo.
Talvez tenha razão quando diz que foram os ingleses que inventaram a Georghiu, mas embora eu não acha como ela se acha, acho, no entanto, a voz dela (eu disse a voz, João) um belo instrumento.
Raul