Ainda os restos terrenos de la Nilsson clamava por repouso, já os senhores da yellow lab se moviam, sofregamente, no intuito de rentabilizarem o ocaso da grande cantora, convertendo o seu desaparecimento em vil metal.
Não é caso raro, diga-se (vide o caso Callas, que todos os anos, por altura do Natal, leva a EMI fazer operações vergonhosas de maquilhagem sobre colectâneas de árias reunidas desde há décadas, como se tal correspondesse a um produto original!!! Pasme-se!!!)
Vil e dispensável é o registo que ora propõem da dita cuja, sob o manto falaciosos da homenagem!
E por quê?
La Nilsson nunca foi uma mozartiana, para começo de conversa!
La Nilsson gravou os seus melhores registos até meados da década de 1960. Ora, os excertos que este disco reúne são de uma fase claramente menos interessantes da carreira de Birgit Nilsson, dado que datam de um período compreendido entre 1969 e 1971.
La Nilsson nunca foi uma Elisabeth de referência, muito menos uma Vénus (Tannhhäuser)!
A razão de ser desta pretensa colectânea corresponde, apenas e só - em minha opinião -, aos únicos registos da intérprete sueca de que a DG dispõe, voilà!
O resto é treta!
Caso o leitor pretenda dispor de um vasto leque de registos - de elevada qualidade técnica - desta grande figura da lírica, sugiro-lhe esta lista, da minha autoria.
Não é caso raro, diga-se (vide o caso Callas, que todos os anos, por altura do Natal, leva a EMI fazer operações vergonhosas de maquilhagem sobre colectâneas de árias reunidas desde há décadas, como se tal correspondesse a um produto original!!! Pasme-se!!!)
[Eis a track list deste artigo:
Wolfgang Amadeus Mozart (1756 - 1791)
Don Giovanni, ossia Il dissoluto punito, K.527
1
"Or sai chi l'onore"
2
"Crudele!-Ah no, mio bene!" - "Non mi dir, bell'idol" (Donna Anna)
Birgit Nilsson, Orchestre du Théatre National de Prague, Karl Böhm
Carl Maria von Weber (1786 - 1826)
Oberon
3
Rezitativ und Arie: "Ozean, du Ungeheuer!"
4
Kavatine: "Trauere, mein Herz"
Birgit Nilsson, Symphonieorchester des Bayerischen Rundfunks, Rafael Kubelik
Ludwig van Beethoven (1770 - 1827)
5
Ah perfido!, Op.65
Birgit Nilsson, Vienna Symphony Orchestra, Ferdinand Leitner
Richard Wagner (1813 - 1883)
Tannhäuser
6
"Dich, teure Halle, grüß ich wieder"
7
"Allmächt'ge Jungfrau, hör mein Flehen!"
Birgit Nilsson, Orchester der Deutschen Oper Berlin, Otto Gerdes
Tristan und Isolde
8
"Mild und leise wie er lächelt" (Isoldes Liebestod) (Isolde)
Birgit Nilsson, Orchester der Bayreuther Festspiele, Karl Böhm
Richard Strauss (1864 - 1949)
Salome, Op.54
9
"Ah! Du wolltest mich nicht deinen Mund"
Birgit Nilsson, Metropolitan Opera Orchestra, Karl Böhm]
Wolfgang Amadeus Mozart (1756 - 1791)
Don Giovanni, ossia Il dissoluto punito, K.527
1
"Or sai chi l'onore"
2
"Crudele!-Ah no, mio bene!" - "Non mi dir, bell'idol" (Donna Anna)
Birgit Nilsson, Orchestre du Théatre National de Prague, Karl Böhm
Carl Maria von Weber (1786 - 1826)
Oberon
3
Rezitativ und Arie: "Ozean, du Ungeheuer!"
4
Kavatine: "Trauere, mein Herz"
Birgit Nilsson, Symphonieorchester des Bayerischen Rundfunks, Rafael Kubelik
Ludwig van Beethoven (1770 - 1827)
5
Ah perfido!, Op.65
Birgit Nilsson, Vienna Symphony Orchestra, Ferdinand Leitner
Richard Wagner (1813 - 1883)
Tannhäuser
6
"Dich, teure Halle, grüß ich wieder"
7
"Allmächt'ge Jungfrau, hör mein Flehen!"
Birgit Nilsson, Orchester der Deutschen Oper Berlin, Otto Gerdes
Tristan und Isolde
8
"Mild und leise wie er lächelt" (Isoldes Liebestod) (Isolde)
Birgit Nilsson, Orchester der Bayreuther Festspiele, Karl Böhm
Richard Strauss (1864 - 1949)
Salome, Op.54
9
"Ah! Du wolltest mich nicht deinen Mund"
Birgit Nilsson, Metropolitan Opera Orchestra, Karl Böhm]
Vil e dispensável é o registo que ora propõem da dita cuja, sob o manto falaciosos da homenagem!
E por quê?
La Nilsson nunca foi uma mozartiana, para começo de conversa!
La Nilsson gravou os seus melhores registos até meados da década de 1960. Ora, os excertos que este disco reúne são de uma fase claramente menos interessantes da carreira de Birgit Nilsson, dado que datam de um período compreendido entre 1969 e 1971.
La Nilsson nunca foi uma Elisabeth de referência, muito menos uma Vénus (Tannhhäuser)!
A razão de ser desta pretensa colectânea corresponde, apenas e só - em minha opinião -, aos únicos registos da intérprete sueca de que a DG dispõe, voilà!
O resto é treta!
Caso o leitor pretenda dispor de um vasto leque de registos - de elevada qualidade técnica - desta grande figura da lírica, sugiro-lhe esta lista, da minha autoria.
Isto cheira-me a uma sombra da DG (Bohm, Kubelik,...). Se querem fazer render o espólio da divina cantora reeditem o recital da Decca, que no conjunto é inultrapassável. Evita-se esta intenção suja.
ResponderEliminarRaul
Raul,
ResponderEliminarFaço minhas as suas palavras: a Nilsson, em cd, está quase todinha na DECCA!
Comprei hoje a revista Gramophone onde é prestada a divida homenagem a Birgit Nilsson. Não a fizeram no mês passado porque estava a edição a sair quando souberam da morte da insigne cantora. A homenagem é assinada por Alan Blyth, que juntamente com John Steane, é um dos dois mestres da crítica operática britânica. Para além da crítica vem o testemunho de quatro colegas: Jon Vickers, Regine Resnik (que não sei por que carga de água eu julgava que tivesse morrido), Carlo Bergonzi e, imaginem, Anna Moffo, que com ela e o Corelli fez várias vezes a Liú no Met. O que é o destino...
ResponderEliminarA crítica termina de uma maneira lapidar:
"She was, in sum, a phenomenon of her or any time, deserving to be called to the pantheon of the greatest artist ever to grace the operatic stage."
Raul
Raul,
ResponderEliminarA DIAPASON - revista francesa de música (dita) erudita, que muito respeito - rende a Birgit Nilsson uma justíssima homenagem, também!
Igualmento respeito imenso a Diapason, mas aqui não há a venda e mesmo que houvesse tenho a certeza que seria a um preço próprio para perdulários, coisa que não sou. Os franceses têm uma livraria em HK, mas praticam um preçário que me faz perguntar "Se é assim que eles querem competir com o mercado de língua inglesa ?".
ResponderEliminarRaul