segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Em nome do Pai



Uma obra maior, repleta de poesia, com um grau de depuração que roça a perfeição.

Para além da grandeza estética e poética, o olhar psicanalítico detecta uma trama complexa, onde se cruzam conflitualidades de vária ordem: amor vs ódio, sadismo vs masoquismo, a par de culpabilidade vs desvio, num contexto eminentemente paterno (Divino e terreno).

Memorável – também – é a transição subtil que se opera entre o universo da idealização – infância pueril e imaculada – e a realidade, mais brutal e profundamente marcada pelo conflito identificatório, perda e ruptura.

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