Uma lograda adaptação musical da intemporal obra de Shakespeare, Romeu e Julieta. Um libreto infeliz e trôpego. Os intérpretes fazem o possível, com assinalável virtuosismo – particularmente Garanca.
Absolutamente negligenciável.
Absolutamente negligenciável.
Moral da história: com Bellini, pouca vida há, além de Norma A Sonâmbula e Os Puritanos.
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Não estou de acordo. Esta ópera, Beatriz de Tenda e O Pirata são óperas com muito belos momentos de bel-canto. É preciso ouvi-los talvez mais que uma vez.
ResponderEliminarTrechos interessantes não fazem uma ópera de referência!
ResponderEliminarAinda pensei referir, justamente, O Pirata e Beatriz de Tenda, mas, além de belos momentos, não me entusiasmam como obras líricas!
Acrescento La Straniera, caro Raul.
ResponderEliminarCaro Dissoluto,
ResponderEliminarNinguém falou de óperas de referência e, por isso, elas não fazem parte do repertório tradicional, embora tenham trechos onde se espraiam o genial talento do seu autor. Puccini sem a Boémia, Tosca e a Butterfly (a Turandot ficou incompleta) seria mais um Verista.
Caro Hugo Santos,
Esqueci-me de La Straniera, embora a tenha pela Lucia Aliberti.
Gosto muito da ópera em questão.
ResponderEliminarO libreto não é pior do que muitos da época e revela-se bastante eficaz e não é culpa do libretista e do compositor que Shakeaspere tenha escrito uma peça sobre o mesmo tema, muitissimo superior, mas que provavelmente nenhum dos dois conheçia ou se conheçia seria de forma incompleta em más traduções.
Musicalmente acho uma ópera muito gratificante com omentos muito belos. Tenho-a na versão Kasarova/Mei/Vargas que recomendo vivamente.
Meus muito caros,
ResponderEliminarPerto do Romeu e Julieta de Massenet, esta ópera de Bellini permanece Tânia e Marco... Até Berlioz leva a melhor!
Caro Dissoluto,
ResponderEliminarRomeu e Julieta de Massenet!!! Deve haver aí alguma confusão. Minha ou sua?
A obra de Berlioz não é propriamente uma ópera, é uma sinfonia-dramática, e não "leva a melhor", porque é uma obra-prima. Tenho duas versões e a versão Mitropoulos tem a ajuda de Deus.
Caro João Ildefonso,
ResponderEliminarconcordo plenamente consigo, pese embora creio ter existido conhecimento prévio de Felice Romani relativamente à obra do genial dramaturgo inglês. Em suma, a questão primordial prende-se com a recorrência de um determinado fenómeno de condensação dramática como forma de adequação às necessidades da ópera italiana. Um outro caso que me vem à mente é o da Giovanna D'Arco de Verdi (libretto de Temistocle Solera), baseada em Schiller.
Caro Raul,
a versão que menciona, dirigida por Mitropoulos, é com a Filarmónica de Nova Iorque?
Raul,
ResponderEliminarGounod, queria eu dizer - que disparate! Sim, de facto, a obra de Berlioz é uma sinfonia dramática, mas não deixa de ser uma adaptação da obra literária homónima! Tenho-a na interpretação de Gardiner.
Eu acho-a muito convicente. Todos os passos essenciais da trama estão presentes, o desenvolvimento é lógico, a música é adequada à situação dramática, apesar de parte ter sido adaptada da Zaira, e mais inportante ainda a música em muitos casos transcende o momento dramático pontencia-o ou dá-lhe uma nova dimensão. Os duetos romeu/Juleita são maravilhosos, destaco o final do 1ºacto, marcha funebre e dueto Romeu/Tebaldo e obviamente o final. Na versão que referi está incluido o final Vacai que amiúde substitui-a o composto pelo Bellini e aí sim temos uma composição competente mas mediocre.
ResponderEliminarCaro Hugo Santos,
ResponderEliminarSim, é. Eu afinal tenho a obra completa dirigida pelo Barenboim e a orquestra de Paris e excertos de de cerca de uma hora pelo Giulini e, finalmente, e uns outros num duplo album dedicado o Mitropoulus. Quando ouvi este pela primeira vez, causou-me uma impressão que nem tenho palavras para descrever.