quinta-feira, 7 de abril de 2011

Maricarmen


(Waltraud Meier)


Em 1996, no Met, depois de atingida a glória, Waltraud Meier arrisca novos terrenos… e dá-se mal, muito mal. A sua Carmen foi absolutamente aniquilada pela crítica – sobretudo -, que a descreveu como uma fria germânica, almejando a graça latina.

Meier sofreu muitíssimo como o duro revés. Mas, como diria o outro, são “ossos do ofício”.

Doravante, regressou ao Met, apenas, no seu elemento natural, ossia Wagner.


Pessoalmente, considero Meier uma extraordinária intérprete, com uma veia dramática memorável. Embora a voz brilhe, a consagração só se dá quando representa. E como brilha a sua Kundry – a melhor da sua geração -, Isolda, Fricka, Venus, and so on

Aos 55 anos, Meier regressa ao Met, desta feita para interpretar Marie, a protagonista feminina de Wozzeck (Berg).


O excelente artigo do The New York Times disseca a relação conturbada de Meier com o Met, quase sugerindo o que me parece óbvio: la vendetta! Depois do logro de Carmen, a Marie de Meier soa a um ajuste de contas com o público e crítica Metropolitanos. Oxalá!

É que – caro e fiel leitor -, ao seu jeito, Marie é também uma Carmen, ambas criaturas claramente afins com as vicissitudes da histeria…





Her first international appearance was in Buenos Aires in 1980, as Fricka in “Das Rheingold.” She made her debut at Bayreuth in 1983 as Kundry in Wagner’s “Parsifal,” her first time working with Mr. Levine. He became her Met champion, bringing her to the company in 1987 as Fricka in the premiere of the Otto Schenk production of Wagner’s “Ring” cycle. By the time she returned in the early 1990s, she had begun taking on traditional soprano roles like Isolde and Leonore in “Fidelio.” She had acclaimed runs at the Met as Kundry in 1992 and Santuzza in Mascagni’s “Cavalleria Rusticana” in 1993. She sang Sieglinde in the first act of “Die Walküre” with Mr. Domingo on the opening night of the 1993-94 season, and was a frequent soloist in concerts with Mr. Levine and the Met Orchestra.





It is in that context that Ms. Meier’s run in “Wozzeck” finds its meaning, both for the Met audience and for her, its undercurrent of poignancy and triumph. This is her moment finally to convince us, even to seduce us. “






1 comentário:

  1. Lembro-me bem do recital no TNSC. Foi uma noitr explendida.
    Não foi assim há tanto tempo que havia recitais de canto no teatro S. Carlos. Que saudades de ouvir cantores ao vivo, o "live from the Met" não é um meio que me agrade!

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