Faleceu, aos 85 anos, um dos maiores mezzo's do século XX. Nas décadas de 1960 e 1970, pelo mundo fora, brilhou em Verdi, Bizet e Mussorgski.
Em jeito de singela homenagem, recordo dois excertos da magistral cena de Amneris (Aïda, de Verdi), em russo - aqui e aqui -, para além deste momento alto de Azucena (Il Trovatore, de Verdi).
«MOSCOW (AP) — Irina Arkhipova, a Soviet-era diva who sang at the Bolshoi Theater for decades, died here on Feb. 11. She was 85.
The cause was cardiac arrest, said Nadezhda Khachaturova, the director of the Arkhipova Foundation.
Ms. Arkhipova, a mezzo-soprano and later a contralto, joined the Bolshoi in 1956 and went on to sing many leading roles. She reached the peak of her career in the 1960s and 1970s, making guest appearances throughout Europe and the United States.
Her most celebrated roles included Carmen in Bizet’s “Carmen,” Amneris in Verdi’s “Aida,” Marina in Mussorgsky’s “Boris Godunov” and Marfa in his “Khovanshchina,” and Hélène in Prokofiev’s “War and Peace.”
She was widely praised for the power and intensity of her voice, and for her technically skilled and highly emotional performances.
Ms. Arkhipova is survived by her husband, a grandson and a great-granddaughter.»
Paz à sua alma...
Em jeito de singela homenagem, recordo dois excertos da magistral cena de Amneris (Aïda, de Verdi), em russo - aqui e aqui -, para além deste momento alto de Azucena (Il Trovatore, de Verdi).
«MOSCOW (AP) — Irina Arkhipova, a Soviet-era diva who sang at the Bolshoi Theater for decades, died here on Feb. 11. She was 85.
The cause was cardiac arrest, said Nadezhda Khachaturova, the director of the Arkhipova Foundation.
Ms. Arkhipova, a mezzo-soprano and later a contralto, joined the Bolshoi in 1956 and went on to sing many leading roles. She reached the peak of her career in the 1960s and 1970s, making guest appearances throughout Europe and the United States.
Her most celebrated roles included Carmen in Bizet’s “Carmen,” Amneris in Verdi’s “Aida,” Marina in Mussorgsky’s “Boris Godunov” and Marfa in his “Khovanshchina,” and Hélène in Prokofiev’s “War and Peace.”
She was widely praised for the power and intensity of her voice, and for her technically skilled and highly emotional performances.
Ms. Arkhipova is survived by her husband, a grandson and a great-granddaughter.»
Paz à sua alma...
Irina Arkhipova era um grande mezzo, independentemente de ser a cantora mais comprometida com regime soviético. No toca à ópera russa era o seu modelo; quanta à ópera italiana punha todo aquele pathos artificial e teatral dos artistas para além da cortina de ferro, ao serviço do drama. Era tão típico. Como o João diz, a sua Azucena e Amneris eram admiráveis, mas dentro do que acabei de referir. Sugiro que vejam no Youtube um singular dueto final da Carmen, onde contracena com Mario del Monaco, cantando um em russo e o outro em italiano. O grande tenor apresenta uma mímica típica de um filme mudo. Repito, aconselho vivamente a ver.
ResponderEliminarRAUL
Caro Raul,
ResponderEliminarem italiano, tenho-a na Amneris (São Francisco, 1972) e na Azucena (Buenos Aires, 1974), além de ter visionado na íntegra a sua interpretação deste último papel nas Chorégies d'Orange em 1972 ao lado de Caballé, Spiess, Glossop e Zaccaria. Dela retenho a forte presença cénica aliada a um magnífico instrumento, igual em todos os registos, emissão limpa, timbre metálico na medida certa. Sem dúvida, uma intérprete de nomeada.
Por mera curiosidade, refiro a sua participação no "Eugene Onegin" de Hvorostovsky, gravado em 1993.
ResponderEliminarArkhipova, com 68 anos, canta o papel de "Filipyevna".
No dia em que soube do falecimento, ouvi.
Uma grande cantora, mais uma, que nos deixa mais pobres.