O Don, de Mozart - haverá maior obra lírica?! -, esteve na génese da criação deste blog. Há muito que o mesmo Don constituía uma das maiores obsessões (e fascínios) deste escriba. A psicanálise esclareceu e enobreceu esta paixão, mas isso é da esfera íntima de Il Dissoluto Punito, ossia Eu!
Cinco anos merecem uma comemoração particular. Não será polémica, creio. Nem mais, nem menos que OS CINCO MAIORES Don Giovanni PERPETUADOS, por ordem de brilho:
Cinco anos merecem uma comemoração particular. Não será polémica, creio. Nem mais, nem menos que OS CINCO MAIORES Don Giovanni PERPETUADOS, por ordem de brilho:
(Giulini, 1959)
(Mitropoulos, 1956)
(Krips, 1958)
(Furtwangler, 1954)
(Jacobs, 2007)
Caro João,
ResponderEliminarMuitos parabéns por estes 5 anos, que espero se multipliquem por muitos mais!
Espero que, daqui a uns 20 anos, nos encontremos aqui mesmo, comentando as novas e as velhas leituras desta obra-prima de Mozart, com os velhos e os novos monstros sagrados da lírica.
Um abraço
Vou ficar um pouquito corado ao dize-lo,mas.....eu não tenho nenhum Don Giovanni na minha pobrezita colecção de opera :( O que ouvi foram apenas áreas.E é o que tenho.
ResponderEliminarMas há aqui matéria para escolher um,para começar,mas não é fácil,vejo tantos!!
Já agora,peço a esta amável assembleia,em qual deles me lançar?Bem sei,pelo que leio,uns gostam mais de uns do que de outros,mas para um principiante,haverá um que se diga "acessível",ou sei lá,imediatamente arrebatador?ou que tenha um som fantástico?Ocorre-me a ideia.....se Mozart fosse vivo,qual desses Giovannis ele escolheria para mim ??????
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEu dou-lhe quatro por onde escolher: o de Giulini (o primeiro indicado), o de Krips (terceiro indicado) e, querendo uma leitura em vídeo, poderá optar entre o de Furtwängler (quarto aqui indicado) e o de Karajan (versão dvd, no Festival de Salzburgo, com Samuel Ramey, Ferruccio Furlanetto, Anna Tomowa-Sintow, Julia Varady, Gosta Winbergh, etc.), todos eles, claro, imperfeitos, mas simultaneamente magistrais em aspectos diferentes.
ResponderEliminarCreio que Mozart, ele próprio, teria muitas dúvidas. Começa porque Giulini, Furtwängler e Karajan, três dos maestros invocados, não são historicamente tidos como mozartianos natos, mas como incursores do romantismo. Sucede que na sua companhia estão dos mais destacados intérpretes da lírica do génio de Salzburgo, vozes excepcionais a que se juntaram qualidades dramáticas esplêndidas.
Sei que a minha opinião não gera consenso, mas considero que qualquer uma das opções que referi constitui uma boa entrada no terreno desta grande obra.
Cumprimentos
Portas,
ResponderEliminarComece por Giulini, 1961. É uma das maiores lendas da edição discográfica. SEM HESITAR UM SEGUNDO, CONSIDERO-O O MELHOR REGISTO OPERÁTICO DE SEMPRE!
Portas,
ResponderEliminarSem hesitar, Giulini. Depois é que podemos pensar num segundo.
Dissolutíssimo,
ResponderEliminarJá cá estou. Depois falo.
Mas agora é para dizer que, para mim, o maior registo de ópera de sempre é o Ring do Solti. O Don Giovanni é sem sombra de dúvidas um dos melhores de todos os tempos a par do Tristão do Furtwangler, do Lohengrin do Krips, do Otelo do Toscanini ou do Faltaff do Karajan. Isto para não esquecer, porque de ópera se trata, a caixa La Divina com trechos pela Callas.
Raul,
ResponderEliminarApite ;-)
SIm, percebo-o, mas, above all... Don Giulini!!!
Claro está, há as Norma, Lucia, Tosca e La Traviata de La Divina, também ;-DDD
+ Parsifal de Kna + Rosenkavalier do Kleiber (e de Karajan) + La Bohème de Karajan (com Freni e Pavarotti) + o Barbeiro de Abbado (com Berganza, Prey, Alva, etc.)
ResponderEliminarMais umas dicas Luís Froes:
ResponderEliminarTristans Kleiber e Furtwangler+ Rings Solti e Bohm+ Cosi Bohm62+ Tannhauser Solti72+ Lohengrin Kempe62+ Lucia Callas Serafin Di Stefano Gobbi Maggio Musicale53 + La Traviata Scala55 Di Stefano Bastianini THE GREAT MARIA...
e alguém dá dicas para a Russa das Russas: BORIS GODUNOV??... :-)
Para UN BALLO, LA FORZA... anyone??...
Povero Maestro Peppino Verdi.
Poverino, poverino... :-D :-D ;-)
Dissoluto, já volto a si e a mais o seu Giovanni ;-)
LG
O! La mia testa! (Suzuki, IIº Acto, BUTTERFLY) ;-D
ResponderEliminarEsquecia-me…
Só de referir que destaco a WALKURE do RING de Bohm, em que Nilsson e Rysanek pegam fogo no Palco do Herr Meister de Bayreuth, no já longínquo ano de 1967.
… e à espera de uma edição DECENTE (!!) da ELEKTRA
(… como poderia esquecer a minha cara ELEKTRA??... Imperdoável!… ;-)) )
de 65 Ópera de Viena, Bohm, Waechter, Resnik, Windgassen e as digníssissimas Grandes Sras. Referidas em cima. Espero que sem cortes… mas o som…
ah, o som… :_(
LG
O que acrescentar sobre o que foi escrito até ao momento?
ResponderEliminarDon Giovanni preferenciais: Giulini (EMI) em suporte áudio e Furtwaengler (DG) em suporte vídeo. Na minha óptica constituem dois registos que não se prestam a grandes hesitações.
Principais gravações operáticas: o supracitado Don Giovanni de Giulini (EMI), a Tosca dirigida por De Sabata (EMI), o Anel de Solti (Decca), o Lohengrin de Kempe (EMI), a Carmen de Beecham (EMI), o Tristão de Furtwaengler (EMI), a Elektra de Solti (Decca), o Rigoletto com Gobbi (EMI), o Cosi fan tutte de Bohm (EMI), o Rigoletto de Fischer-Dieskau (DG), a Jenufa com Soderstrom (Decca), o Fausto com Gedda (EMI), a Filha do Regimento com Sutherland (Decca), entre muitas outras.
Relativamente às solicitações do caríssimo Mr.LG: as gravações do Boris Godunov que privilegio são as com Christoff (EMI / Dobrowen, 1952 e Cluytens, 1962) e Kotcherga dirigido por Abbado (Sony, 1994). No que concerne ao Baile de Máscaras, a minha preferência recai sobre Bergonzi/Nilsson/MacNeil/Simionato/Stahlmann/Solti (Decca, 1962), Bergonzi/Price/Merrill/Verrett/Grist/Leinsdorf (RCA, 1966) e Domingo/Arroyo/Cappuccilli/Cossotto/Grist/Muti (EMI, 1975). Uma questão mais delicada quando nos debruçamos sobre a Forza. Mesmo assim, opto por Price/Tucker/Merrill/Verrett/Tozzi/Flagello/Schippers (RCA, 1964), Arroyo/Bergonzi/Cappuccilli/Casoni/Raimondi/Evans/Gardelli (EMI, 1969) e Price/Domingo/Milnes/Cossotto/Giaiotti/Bacquier/Levine (RCA, 1976).
Duas considerações adicionais: apesar de não ser uma referência, tenho alguma inclinação pela versão do Baile de Máscaras com Pavarotti, Tebaldi e Milnes pela sanidade vocal absolutamente desconcertante deste último e do primeiro. Gravação admirável, o Tannhauser do Solti enferma de um Wolfram (Victor Braun) ligeiramente inferior aos colegas e um Kollo que, não obstante o engajamento dramático, peca por um instrumento algo deficitário em robustez e acentos heróicos.
Parabéns por mais um aniversario. Para a esfera pública fica o seu dom de nos transmitir tanto prazer com este fantastico blogue.Que é um grande dom. Parabéns também aos comentadores que tanto aprecio, Raul e J. Ildefonso,pilares deste blogue há já tempos.Um bom ano novo para todos.
ResponderEliminaramina
O! La mia testa! (Suzuki, IIº Acto, BUTTERFLY)
ResponderEliminarEsquecia-me… 2
Caro portasabertascadeirasaosoco, peço-lhe imensa desculpa, mas não me esqueci de si.
Faça como o nosso Dissoluto bem lhe sugeriu: GIULINI absolutamente, completamente!
Faça um esforço e procure nos escaparates dos nossos hipermercados da cultura a RECENTE ( de alguns anos já, verdade seja dita) edição EMI GREAT RECORDINGS OF THE CENTURY. Vem como deve ser. Caixa com um pequeno Livro, o Libretto, em papel impresso (coisa muito importante hoje em dia na escolha de qualquer compra de Ópera) e que normalmente contém certa jóias imorredouras: fotos dos artistas na época da gravação ou, ainda melhor, fotos da próprias sessões de gravação. Digo isto porque uma recentíssima edição desta mesma gravação por parte da EMI, já a remete para as nadas estéticas e vulgares caixas de plástico, às quais eu tenho uma aversão visceral. Mas, em outras edições, como as THE ORIGINALS da Universal Classics… quando tem que ser, tem que ser… paciência… :-/
Libretto PDF a descarregar da Net, em princípio do próprio site da Editora que edita o CD e para o Computador… JAMAIS, NEVER!... AQUI É QUE A MINHA AVERSÃO É MESMO VISCERAL!!
EVITE OUVIR ÓPERAS NO COMPUTADOR! Faça-se como deve ser: Instala-se na sua LIVING ROOM (olhe a Finesse Tio/Tia… mas tem que ser, tá a ver ;-D) encontre o volume de som necessário e ouça a bem ouvir. Nota bem importante: não se importe com o prédio ( se viver num deles :-( ) e com os vizinhos (se os tiver)! Cultura, e então Amadeus Mozart, nunca fez mal a ninguém… bem até pelo contrário.
Uma audição de ópera tem que ser desta maneira, e isto é que é degustar e respeitar a obra de arte musical!! Então o DON, nem se fala…
Estas sugestões para uma primeira audição integral da obra, que nos há-de marcar profundamente, são muito importantes. Outra sugestão que lhe dou é que no seu leitor de CDs esta obra lhe ocupe vários dias e várias audições na íntegra. Não ouça mais nada durante uns dias ou semanas; dedique-se só ao DON/GIULINI. Vai ver que lhe vai saber pela vida :-) … e vai ser supé-bem, como falam as nossas queridas TIAS :-D :-D
Caro Luís Froes e Bloggers:
Esquecia-me também de referir o CAPRICCIO Sawallisch 57/58 EMI Schwarzkopf, Ludwig, Fischer_Dieskau, Gedda, Waechter, Hotter.
…Como Sir Walter Legge sabia tão bem encontrar a perfeita harmonia, o perfeito Balance nas gravações que produziu/fez: esta acabada de citar, FALSTAFF, DER ROSEN com Karajan et al…
Já citei tantas vezes aqui a nossa saudosa Hermínia Silva: fado a valer já não há…
Podem crer :-|
LG
Meu Deus, parece que estes meus Posts nunca mais acabam. Peço tolerância a todos e a bem das contas do Blog do nosso caro Giovanni de serviço ;-)
ResponderEliminarCaro Hugo Santos,
Bigadissimo pela sua atenção, pelas suas sugestões e opiniões.
LG
Caro Mr LG,
ResponderEliminarGodunov só teve 2 / intérpretes à altura: Christoff (duas gravações - EMI), Ghiaurov (DECCA) e, uns pontos abaixo, Kotschega (Sony).
O resto - LLoyd e Raiomondi, etc. - é de segunda água :)
Caro Hugo Santos,
ResponderEliminarAinda recentemente noutro poster referi os meus tops em gravações e as coincidências consigo são muitas. Eu só não colocaria a Filha do Regimento porque a ópera está tão longe do nível das outras. Interessante depois de rever o que li, vi que me esqueci do Fausto refere, mas deu-me a moleza e nada acrescentei. Uma fabulosa gravação que para meu espanto os franceses acham que não tem o Mefistofles adequado.
Raul,
ResponderEliminartem razão quando afirma que a Filha do Regimento não se encontra ao nível das demais ópera que enumerei. O mérito aqui vai para os intérpretes de excepção (Sutherland e Pavarotti) que valorizam imenso a partitura de Donizetti. Um verdadeiro festival canoro.
Em relação ao Fausto, só lhe posso confessar que quando ouvi o Gedda lançar o "Laisse-moi, laisse-moi contempler ton visage" vieram-me as lágrimas. A pureza do timbre do tenor, o fraseado expressivo e a justeza das dinâmicas deixaram uma profunda impressão.
Caros Dissoluto e Hugo Santos:
ResponderEliminarBORIS GODUNOV: SEM DÚVIDA NENHUMA Christoff (EMI,Dobrowen 1952)e Ghiaurov com Vishnevskaya, Spiess, Talvela, Karajan Viena 1970 DECCA.
Quanto a Kotcherga dirigido por Abbado (Sony, 1994), embora não atingindo o nível superlativo dos dois anteriores, existe uma versão em Vídeo desta produção para Salzburg que é URGENTISSIMA a sua reedição em suporte DVD. Foi das mais espectaculares e sentidas versões que eu já vi em suporte vídeo desta obra de Modesto Mussorgsky. Encenação Euro-trash com cabeça, tronco e membros, daquelas que eu VERDADEIRAMENTE adoro e venero. Encenação do já falecido Herbert Vernicke, se não me engano, que também conta com Marijana Lipovsek como Marina.
A reeditar URGENTEMENTE, portanto.
Hugo, recentemente acabei de ouvir pela 1ª vez na vida o tão celebérrimo TANNHAUSER SOLTI 72, e rendi-me completamente. Tannhauser aos berros tipo Cassilly para o Met com Levine, Marton e Troyanos 82 DVD DG, dispenso. Por isso, contentei-me com o peso mais light de Kollo, que rende maior juventude física e credibilidade dramática a este personagem que, normalmente, é cantada por tenores trompa e estes, por muita força que tenham, estragam todo o gosto e sabor a uma audição/visão calma do TANN. Quanto a esta personagem, Kollo para Solti70 e Domingo para Sinopoli88 DG e estamos falados, por enquanto.
Da VENUS de LUDWIG, nem lhe falo… ***** estrelas.
Quanto a essa grandíssima LUDWIG, também lhe digo que acabei de escutar o seu PARSIFAL para Solti em 72 e não acho que sejam 5 estralas… mas sim… ******!
Não me admira nada que a própria Ludwig se tenha queixado de uma certa sua crise vocal a seguir a esta gravação. A sua encarnação como KUNDRY É, NA REALIDADE, vocalmente e dramaticamente VERTIGINOSA!! E o seu orgão fonético pagou por isso. Só escutando, meus caros, só escutando… :-)
… ora aí está um PARSIFAL, Luís Froes, para se colocar ao lado dos de Kna e Karajan81 DG… e eu que não estava nada à espera de Solti nos dar um PARSIFAL muito por aí alem, além do Spectacular Sound Decca habitual. Surpreendeu-me muitíssimo, não só Ludwig como o Gurnemanz de Gottlob Frick.
Por enquanto é só meus caros. Muito obrigado pela vossa atenção… e por uma tarde/início de noite passada em vez de à volta dos meus CDs e DVDs, que tanto devo… à volta do computador, que tanto detesto! GRRRR!!... :-D
LG
Concordo consigo, caro LG. Apesar de tudo, Kollo e Domingo tem a minha preferência. Em suporte vídeo, tenho de adquirir o DVD da famosa encenação de Gotz Friedrich para o Festival de Bayreuth com o interessantíssimo Spas Wenkoff no papel-titular e Gwyneth Jones como Vénus e Elisabeth. Quanto ao Parsifal, comungo igualmente das suas palavras.
ResponderEliminarO Parsifal de Stein, com Jerusalem, Weikl, Randova, Sotin e Salminen, que existe em dvd (DG), e que só conheço do youtube, poderá, também, ser uma leitura indispensável.
ResponderEliminarCaro Hugo Santos,
ResponderEliminarNão aprecio a ideia da Elisabeth e a Vénus serem feitas pela mesma intérprete, por maior que sejam (Nilsson, Jones). Conheço muito bem a versão do Solti, pois tive-a em LP. Para mim, o Tanhauser de referência é o do Festival de Beyreuth (Sawallisch: Windgassen, Silja, Waechter, Bumbry, Greindl). A Vénus negra da Bumbry, quase ao nível da divina Ludwig, foi, como sabe, polémica e faz parte da história do teatro. Windgassen, a muito jovem Silja, o perfeito Waechter, ainda são acompanhados nos papéis secundários por artistas fabulosos como Gerard Stoltze.
Caro Luis Froes,
ResponderEliminarPermita-me recomendar-lhe um Parsifal que tem que passar pelo supremo maestro da ópera (Hans Knappertsbusch) e pelo melhor Gurnemanz (Hans Hotter). A gravação pertence ao Festival de Beyreuth e é dos princípios dos anos sessenta. As restantes interpretações são de primeira água. Assim, temos:
Knappertsbusch: Thomas, Hotter, Dalis, London, Neidlinger, Talvela
(Philips, 4 CD)
Prezado LG,obrigado pelas dicas,é óptimo ler o seu comentário e dar-me um pouquinho tempo de antena.
ResponderEliminarPosso descansa-lo relativamente ao local onde ouço musica,essa questão é sagrada para mim,já agora.....e peço perdão se aqui vou ocupar um espaço indevido,ou quiçá se cairei mesmo no mau gosto,mas...
- a minha sala é bem espaçosa,uns 40 e picos metros,quadrados é claro,não tem mesas de jantar,nem essas trenguices que as mulheres nos impingem :) é uma sala para ver e ouvir.Mais nada!está razoavelmente acondicionada em termos acústicos.
- de onde sai a opera e musica em geral,as divas e aquele fervilhar dos corações,isso sai tudo pelas minhas colunas com que durante anos sonhei,uma Kef 203 Reference,ainda existentes em catálogo,ligeiramente melhoradas;inglesas.4300 oirinhos foi a tarifa que me presentearam e era se queria o céu em minha casa :)
- os cds,esses cantam e encantam dentro de uma caixona de quase 10 kgs,e é lá que a musica é passada a pente fino.Ás vezes não passa!!o que é bom,ele transforma em divino,o que é mau...ele manda para o inferno.2500 euros foi a parcela dolorosíssima :( é um Classé - CDP 10,canadiano.
- para vitaminar aquilo tudo e fazer explodir o palco dentro de minha casa,ou pura e simplesmente,ouvir o respirar de um contrabaixista,juntei á equipa um "calhamaço" em metal duro e pesado,um amplificador integrado Primare de 100 w.A potencia não é esmagadora,mas é qb e acima de tudo dá-me uma transparência,uma finesse,um timbre,uma profundidade em todo o palco,que juntando Garanca com Didonato na minha sala,eu até imagino vê-las as duas ao soco uma á outra.....por mim,é claro :)))
- ahhh,e depois ainda há os cabos,os raios dos cabos,que custam uma fortuna e que no fim de contas fazem quase o mesmo que um fio de ligar uma lampada!!! bem.....quase.Nem digo o preço...
ora,como dizia o nosso amável Guterres....é só fazer as contas :(
E agora,bem,agora é só comprar as grandes operas por estes estimados bloguers recomendadas,e.....que caia o céu.Em cima de mim,de preferência :)
Quando cá entrar Don Giovanni,Giulini vai tremer debaixo da terra....
Caro Raul,
ResponderEliminara mim, essa duplicidade não ofende. A questão é saber se a intérprete está ao nível do desafio em questão. Claro que, se for possível ter Vénus da estatura de Bumbry, Ludwig, Varnay, Troyanos ou Meier, não há muito sobre o que reflectir.
Já que o Raul mencionou a gravação do Tannhauser do Festival de Bayreuth de 1962, evoco o registo da mesma ópera mas do ano anterior com a luminosa Victoria de los Angeles na Elsa, Fischer-Dieskau no Wolfram e um conjunto de secundários que inclui Theo Adam e Franz Crass.
Para finalizar, permita-me uma consideração sobre o Parsifal de Knappertsbusch. Em contraponto à versão com Jess Thomas, o que me tem a dizer sobre a histórica produção de 1951 com Windgasse, Modl, London, Weber, Van Mill e Uhde?
Ponto por ponto, amigo Hugo:
ResponderEliminarQuantas mais vozes melhor (Don Carlo, Forza, o Ring,...=
Conheço essa da Los Angeles, mas nunca a ouvi.
Claro que o divino Windgasse não se compara com o excelente wagneriano Jess Thomas. Mas perguntoÇ a gravação está aceitável? Também nunca a ouvi.
A gravação do Parsifal de 1951 é excelente, Raul. Foi captada pelos engenheiros da Decca e, posteriormente, comercializada em LP. Em CD, encontra-a nos selos Teldec, Naxos Historical e Membran.
ResponderEliminarportasabertascadeirasaosoco,
ResponderEliminarfaça então o favor de ouvir e VER mentalmente o GIOVANNI versão GIULINI. Pelos vistos está supé-bem ;-D apetrechado lá em sua casa para tal acontecer. Mas não se esqueça que, mais que uma hi-fi com fios todos lá pela casa ;-D, é necessário ouvir o conteúdo tímbrico e psicológico que os cantores dão às frases que Mozart e Da Ponte tão bem nos deram, qual a expressão, a inflecção vocal/Psicológica que dão às situações: veja-se a entrada de Elvira no 1º Acto com a ária. “ Ah, chi mi dice mai”; aquando das fioriture/colorature na frase “- gli vo´ cavar il cor…” de Schwarzkopf, lhe responde aparte um Giovanni de Waechter já cheio de intenções “-cerchiam di consolar il suo tormento” e nos dá logo uma informação daquilo que na realidade Giovanni quer, um Leporello/Taddei que, nas costas de D. Giovanni se baixa e vira-se para nós e diz-nos: “- Cosi ne consolò mille e ottocento.”
Veja-se toda uma Sutherland que começa a ser a Diva que vai ser, na sua última Ária “- Troppo mi spiace… Non mi dir…”
Etc., Etc., Etc., Etc…. ;-))
Luís Froes e Hugo Santos,
O mal do PARSIFAL51 Knappertsbusch é o som que, apesar de topo de gama em 51, enferma de já estar completamente datado. E não há remasterização que o salve!!... :-(
Modl também não dá conta totalmente do recado a nível vocal; mas sem dúvida nenhuma marcou uma época e a interpretação da personagem naqueles idos de 50/60.
KUNDRY É, NA REALIDADE, UM PAPEL INFERNAL, TANTO DRAMATICAMENTE COMO VOCALMENTE. Numa mesma frase vocal vai-se do piano ( ou Pianissimo?...) para o topo do registo de uma soprano Brunnhilde (“… lasst dicht dann gottheit erlangen”), há saltos de oitavas (“… und… LACHTE…!”), tem que se invocar a errância futura de Parsifal em Fortíssimo (“Irre! Irre!… zum Geleit!”), etc. etc. etc….
Para mim as Kundrys que “vão lá” ;-)) são Ludwig com Solti 72 DECCA (como referi já), Vejzovic com Karajan 81 DG e, claro está, a última grande Kundry do Séc. XX: Waltraud Meier com Levine Bayreuth85, que só se pode achar agora numa compilação TUTTO WAGNER LIVE BAYREUTH que a DECCA acabou de editar. A antiga edição PHILIPS Eighties ou Nineties (a que tenho aqui em casa) já não se deve encontrar nos escaparates.
… nem Gwyneth Jones para Boulez (DG) com aquela sua voz instável e no limite do histérico me convence (apesar da personagem o pedir), o mesmo se passa com Ursula Schroeder Feinen para Sawallisch em Roma 70 (Myto).
Desconheço totalmente, porque nunca as ouvi, as leituras de La Meier para Barenboim (Teldec) e Thielemann (DG), Jessye Norman Levine Met (DG), e a primeiríssima de Ludwig em 60/61, em que só aparecia na cena da sedução a Parsifal pela mão da encenação Karajan Wiener Staats Oper (RCA).
Dos vídeos/DVDs tenho a destacar só, como o Luís Froes referiu, a versão Stein para Bayreuth em 81. um bocado datada, é certo, mas é o que mais próximo temos do histórico NEUES BAYREUTH de Wieland e Wolfgang Wagner, a época mítica daquele festival. Veja-se o pormenor curioso de um muito jovem e saudabilíssimo vocalmente Siegfried Jerusalém quase TROPEÇAR! Ao fugir de Kundry durante a cena de sedução. Naqueles tempos não havia sensibilidades de divismos pa ninguém; não se repetiam os takes, mesmo de uma gravação de Ópera para Televisão: ou ia ou rachava! :-D :-D.
O DVD Met Levine, Meier, Jerusalém, Moll, Weikl, Mazura 91 ou 92 enferma de uma encenação EXCESSIVAMENTE!! Tradicional em que cada um por si e Deus por todos. Destaco a saúde vocal e animal de palco que era Meier nos idos dos Nineties.
O recente DVD Nagano Baden-Baden(Opus Arte) enferma de uma direcção (Nagano) que não me aliciou muito e de uma encenação (Lenhoff) muito hermética e tipo “é pa tornares a passar o DVD, a ver se entendes o que ele quer dizer com aquilo de tudo cinza e um caminho de ferro… tás a ver?”. Além de que Meier e Salminen já não são o que eram… mas isso, calha a tudo o que é cantor. Paciência.
O DVD Haitink Zurich Opera DG, nunca o vi… mas promete mais um Euro-trashzinho. ;-D
É só, por hoje… e chega! ;-D
All the Best.
LG
Estimado LG,grato pela ajuda,sempre benvinda.Sim,é certo que estou bem apetrechado em termos de hi-fi,mas bem sei que o meu ouvido tem muito que palmilhar no que concerne ao verdadeiro apreciar da opera.Pode-se ter prazer ouvindo musica em qualquer lado,até num transistor a pilhas.Lembro-me do gozo do tempo dos discos pedidos :)e nem por isso se deixava de apreciar a musica.
ResponderEliminarLá chegarei,com tempo e fruindo passo a passo desta minha nova descoberta.Todos os comentários são bons,para me ajudar a compreender,obrigado não só a si como a todos os que me têm dado as suas dicas.
Caro LG,
ResponderEliminarcomo eu costumo dizer, a Kundry é um papel em "terra de ninguém". Pede um registo grave minimamente ressonante e agudos potentes e bem timbrados. Como referiu, a paleta dinâmica é exigente, contribuindo activamente para a criação do perfil dramático da personagem. A matriz vocal do papel, com uma tessitura abrangente, atraiu e atrai a mais diversa sorte de intérpretes como Flagstad, Varnay, Moedl, Harshaw, Dalis, Crespin, Lammers, Jones, Ludwig, Martin, Schroeder-Feinen, Randova, Minton, Vejzovic, Meier, Norman, Naef, Urmana, entre outras.
portasabertascadeirasaosoco,
ResponderEliminaryou bet! :-)
quantas e quantas Aidas e Toscas Live from the Met ouvi (e ouço!) no tosco rádio do quarto da minha mãe... ;-D :-)
Hugo Santos,
a lista não podia ser melhor! :-)
aqui estão quase todas as Kundrys que a memória discográfica nos legou e, em alguns casos (Urmana, Naef),ainda nos podem legar algum pormenor psicológico que desconheçamos nesse eterno mistério que é a Kundry do PARSIFAL wagneriano.
... digo quase, porque se esqueceu de DORIS SOFFEL num PARSIFAL gravado ao vivo no LA FENICE e que foi editado pela etiqueta Dynamic.
Há DVD dessa mesma récita editado pela mesma. Nunca o vi nos escaparates. O mesmo caso se passando com o recentíssimo PARSIFAL ZURICH HAITINK DG,que nunca lhe pus a vista em cima. :-)
All the Best.
LG
Caro LG,
ResponderEliminarnunca vi as versões do Parsifal que menciona mas conheço os registos em questão. O do La Fenice, dirigido por Gabor Otvos, além de Soffel, tem Richard Decker no papel-titular, Matthias Holle no Gurnemanz e Wolfgang Schone no Amfortas (2005). Por seu turno, o DVD da Ópera de Zurique conta com a direcção orquestral de Bernard Haitink e Yvonne Naef como Kundry, Christopher Ventris como Parsifal, Matti Salminen no Gurnemanz e Michael Volle no papel de Amfortas (2007). Já tive a oportunidade de visionar a gravação com a encenação do Nikolaus Lenhoff e também não fiquei muito entusiasmado. A minha curiosidade, no que concerne ao Parsifal, prende-se com a versão de Bayreuth dirigida por Horst Stein e que conta com um dos grandes tenores wagnerianos das últimas décadas: Siegfried Jerusalem.
Ando atrás do Don de Giulini mas.....35 broas na Fnac :( minha nossa,vou ver se entra em saldo!
ResponderEliminarPortas,
ResponderEliminarNão embarque em números! Procure a edição dos Great Recordings of the Century! Poupa uns 5 ou 10 euros ;-)
portasabertascadeirasaosoco,
ResponderEliminarfoi exactamente o que eu já lhe disse e o nosso Dissoluto reitera. Ou então, se costuma fazer compras através da Net, tente por aí o DON EMI/GREAT RECORDINGS OF THE CENTURY.
Have a nice luck ;-)
LG
ora......só agora percebi de onde vem o Dissoluto Punito.
ResponderEliminargooooood :)