A questão residirá, porventura, na maior rigidez do Muti, a começar pelos tempi e a terminar na obsessão em fazer tudo o que está na partitura, roubando um pouco do brilho que certos "desvios" conferem às óperas do primo Verdi.
Eu creio que o Domingo começa a récita algo a frio pelo que a cena de entrada acaba por se ressentir ligeiramente no seu conjunto. A Freni, fruto de uma extrema inteligência vocal e dramática, sai airosamente do desafio, tendo em conta não se tratar do tipo vocal mais adequado para este papel. Já Renato Bruson exibe aquele magnifico veludo aliado a um timbre escuro que lhe confere grande elegância. Dramaticamente encontra-se igualmente em bom plano. Tal como o Raul sublinhou num comentário a um post anterior, Nicolai Ghiaurov mostra-se algo enferrujado vocalmente, não obstante, graças a uma técnica apuradíssima, consiga ultrapassar o momento menos bom.
Ei, Dissoluto... não diga isso. Vai ver que não se vai arrepender. Récitas daquelas que JÁ pouco existem. Bom comentário/análise, Hugo Santos. :-) Merry Xmas to you all. See ya. LG
Voltei a rever o video em questão. Vocalmente pareceu-me ainda melhor do que me lembrava. Há anos que não ouço Verdi assim cantado se é que alguma vez ouvi. Grande coesão entre cantores e maestro com um resultado muito intenso. A produção é bonita de ser ver e luxuosa até mais não mas completamente mas sem nehum objectivo ou ideia que consiga discernir. Se calhar é um problema meu mas porque é que a roupa do D. Carlos é do Sec. XVI e a dos restantes personagens do Sec. XVIII/XIX?
Caríssimo Dissoluto,
ResponderEliminarComo já referi atrás, também não me entusiasma muito. Apenas a Freni é convincente. Um abraço.
Raul
A questão residirá, porventura, na maior rigidez do Muti, a começar pelos tempi e a terminar na obsessão em fazer tudo o que está na partitura, roubando um pouco do brilho que certos "desvios" conferem às óperas do primo Verdi.
ResponderEliminarEu creio que o Domingo começa a récita algo a frio pelo que a cena de entrada acaba por se ressentir ligeiramente no seu conjunto.
A Freni, fruto de uma extrema inteligência vocal e dramática, sai airosamente do desafio, tendo em conta não se tratar do tipo vocal mais adequado para este papel. Já Renato Bruson exibe aquele magnifico veludo aliado a um timbre escuro que lhe confere grande elegância. Dramaticamente encontra-se igualmente em bom plano. Tal como o Raul sublinhou num comentário a um post anterior, Nicolai Ghiaurov mostra-se algo enferrujado vocalmente, não obstante, graças a uma técnica apuradíssima, consiga ultrapassar o momento menos bom.
Ei, Dissoluto... não diga isso. Vai ver que não se vai arrepender. Récitas daquelas que JÁ pouco existem.
ResponderEliminarBom comentário/análise, Hugo Santos. :-)
Merry Xmas
to you all.
See ya.
LG
Aproveito para desejar um Feliz Natal a todos quantos se reúnem neste blogue.
ResponderEliminarFaço minhas as palavras do Hugo Santos. Bom comentário, excelente sintese.
ResponderEliminarVoltei a rever o video em questão. Vocalmente pareceu-me ainda melhor do que me lembrava. Há anos que não ouço Verdi assim cantado se é que alguma vez ouvi. Grande coesão entre cantores e maestro com um resultado muito intenso. A produção é bonita de ser ver e luxuosa até mais não mas completamente mas sem nehum objectivo ou ideia que consiga discernir. Se calhar é um problema meu mas porque é que a roupa do D. Carlos é do Sec. XVI e a dos restantes personagens do Sec. XVIII/XIX?
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