domingo, 11 de outubro de 2009

Der Rosenkavalier & o TEMPO

A passagem do tempo - com todas as implicações psicológicas que se lhe associam - constitui um dos eixos que animam a personagem Marschallin, de O Cavaleiro da Rosa, de Richard Staruss.

(Renée Fleming como Marschallin)

Fleming é a protagonista ideal da ópera, ombreando com uma das maiores da história, E. Schwarzkopf.

Aos 50 anos, a extraordinária Renée reinterpreta esta subtíl, rica e complexa personagem da lírica. O Octávio desta produção será o melhor de há muito, também - S. Graham. Juntas, Fleming e Graham maravilharam o mundo nesta mesma ópera.

Dez anos passaram desde a última vez que as intérpretes americanas vestiram a pele das personagens de Der Rosenkavalier. O TEMPO passou e terá deixado marcas indeléveis...

Veremos, muito em breve...




6 comentários:

  1. "O Cavaleiro da Rosa" é uma ópera que conheço pouco; só dela ouvi duas gravações, uma com a Schwarzkopf e outra com a Stemme. No geral, não é uma ópera que me encha as medidas, pois só mais a atirar para um Dom Carlos ou um Boris Godunov, de qualquer forma acredito que a Fleming desempenhe muitíssimo bem o papel de Marschallin.

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  2. "pois só" não. "pois SOU"... já nem sei o que escrevo!

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  3. O Cavaleiro da Rosa é uma ópera maravilhosa que depois de ouvida uma vez fica-nos a impressão geral de uma ou outra melodia e de uma atmosfera de delicadeza e ficamos a cantarolar temas que nem existem tal esse sabor straussiano nos penetrou. Há também o sabor de uma boa disposição intelectualizada. Mas a beleza começa a seguir à segunda audição quando se descobrem os pormenores, as melodias soltas e e as encobertas, os porquês das frases musicais. Na versão sem rival Schwarzkopf/Karajan vemos passagens onde a grande cantora vai a pormenores que nos deixa maravilhados. Regine Crespin é também outra excepcionalintérprete. Tenho a certeza que a Fleming tem a voz mais do que adequada para ser a maior intérprete do momento.
    Raul

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  4. Caro Gus on Earth,
    Pelos vistos você ainda está no início do Périplo ROSENKAVALIER. Não só de Stemme e Schwarzkopf vive o Cavaleiro da Rosa, ainda tem muitos Rosenkavaliers, Octavians , Marschallins, Boehms e Bernsteins para escutar para se entroncar bem nesta magnificentíssima obra-prima do género lírico. Eu sei que é mais uma comédia de costumes do que um dramalhão à GIOCONDA, DON CARLO, CARMEN, LA FORZA, BORIS, Etc., etc. mas vale bem a pena; há no ROSEN muita lição de vida, então as ditas pela Marschallin… nem se fala. :_)
    Comece bem a sério a sua viagem ROSENKAVALIER, olhe que vale bem a pena!
    Quanto às versões a escutar para se amar o ROSEN, isso já é motivo para mais Posts, tanto meus como seus, como de toda a gente que assim o queira e entenda.
    See Ya.
    LG

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  5. Caro LG, fá-lo-ei! Muito obrigado pelo seu conselho!

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  6. Existem duas interpretações perpetuadas em vídeo absolutamente notáveis: a de Kleiber, com Jones, Popp e Fassbaender, etc.; e a de Karajan, com Tomowa-Sintow, Perry e Baltsa, etc.

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