sábado, 19 de setembro de 2009

Ecos verdianos de Álvarez



«The Argentinian tenor Marcelo Álvarez has been tipped as the successor to Pavarotti as the pre-eminent Verdi interpreter of his era, and as these Verdi arias demonstrate, he lacks none of the technical prowess that requires.,/p>

Indeed, there are distinct echoes of Pavarotti in Álvarez's "Oh! fede negar potessi", though he delivers with passion rather than power, before offering an empathic "Quando le sere al placido". Elsewhere, he negotiates the emotion of Manrico's deathly promise "Ah! si, ben mio" from Il Trovatore in measured manner, before wringing every last ounce of emotion out of the hero's death scene from Otello.»

Álvarez sucessor de Pavarotti??? Pavarotti: intérprete verdiano de referência???
Bom... há coisas que não se discutem, dada a patetice de que enfermam.

Álvarez é um grande, grande tenor - cujo Duque (Rigoletto) me impressionou muitíssimo, há uns bons dez anos, na Bastilha. Consta que brilha ainda como bel cantista - Edgardo, entre outros. Isto são factos.

Na ausência do objecto, tive de me contentar com a opinião - tão sucinta, quanto polémica - do The Independent.

Logo que o registo me chegue à mão, outro galo cantará!

4 comentários:

  1. Sim, entre os críticos agora aparece muita ignorância, como esta de filiar um grande tenor, o Marcelo Alvarez, que curiosamente também vi no Duque mas no Met, ao Pavarotti, menos eclético, grande verdiano, porque era aquela voz que todos nós conhecemos, mas não a sua referência, pois essa virtude cabe ao Bergonzi. Pavarotti será talvez a grande referência para Donizetti e Puccini.
    Raul

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  2. A passagem do Alvarez ao reportório mais pesado não me convence. Gostei muito de ouvi-lo há uns 8 anos atrás na Bhoéme com a Galardo-Domas no Scalla.
    O Vargas é muito desajeitado em palco mas não sei se não será superior ao Alvarez. A voz é igualmente bela.

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  3. Discordo em completo com o amigo João Ildefonso e é comparar a gala de Baden-Baden com, por exemplo, o Werther, recentemente produzido, com o Alvarez e Garanca. O Alvarez tem uma voz segura daquelas que sabemos que não vai deslizar, enquanto que em relação ao Vargas eu estava sempre a ver quando é que ele se ia espalhar. Subia a voz perdendo imenso volume até ao limite e no Alvarez tudo saía fácil e seguro.
    Raul

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  4. Não sei bem porque me referia mais às impressões recolhidas quando os escutei ao vivo em meados do inicio do século. Gosto muito do Alvarez no reportório francês o timbre é belissimo e canta duma forma aristocratica e requintada mas não gostei de ouvi-lo na Tosca, Trovador e Baile de Máscaras na rádio. Parece que há qualquer coisa "fake" na emissão vocal neste tipo de reportório. A voz não se expande.
    O Vargas é muito mais trapalhão e menos sofisticado mas o timbre se bem que mais prosaico também é belo e gosto dele no reportório que cultiva.
    A gala de Baden Baden só conheço pelos exertos no youtube por isso a minha avaliação só pode ser feita com muitas reservas. Gostei muito do baritono. Esse sim sem nehum tipo de reservas! É muito possivel que o Raul esteja certo.
    O futuro o dirá.

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