Mais uma La Traviata?
Nunca fui grande adepto de Renata Scotto. Pese embora os indesmentíveis dotes interpretativos e notável expressividade da senhora, em matéria de agudos, a coisa irrita-me os tímpanos!
Já estou preparado para as avalanches de incondicionais Scottistas, que me apuparão!
Não, Senhores, a dita cuja não é das minhas eleitas!!!
Quanto a esta Violeta, nada digo. Mas antevejo uma grande prestação - mais que não seja, cénica!
Depois... há Bruscantini e Carreras (antes, muito antes da investida nas "feiras")
Nunca fui grande adepto de Renata Scotto. Pese embora os indesmentíveis dotes interpretativos e notável expressividade da senhora, em matéria de agudos, a coisa irrita-me os tímpanos!
Já estou preparado para as avalanches de incondicionais Scottistas, que me apuparão!
Não, Senhores, a dita cuja não é das minhas eleitas!!!
Quanto a esta Violeta, nada digo. Mas antevejo uma grande prestação - mais que não seja, cénica!
Depois... há Bruscantini e Carreras (antes, muito antes da investida nas "feiras")
Ainda bem que o João pôs aqui esta videogravação. Assim que a vir, compro-a. É que que eu vi a Renata Scotto na Traviata em 1968. Foi uma experiência inesquecível.
ResponderEliminarQuanto aos agudos da Scotto, compreendo perfeitamente. No entanto, se aceitamos alguns da Callas, por que não também aceitar os da Scotto. Eu gosto de estes agudos ácidos, são "muito ópera". Eu até gosto dos agudos da Maria Caniglia !
Bom dia
ResponderEliminarDurante todos os anos 60 e inicio dos anos 70 a Scotto foi juntamente com a Freni o grande soprano Italiano de referencia. Deixou excelentes gravações dessa época, Lucia, Rigolleto, Sonambula, absolutamente impecáveis do ponto de vista vocal, agudos incluidos. Começou depois a cultivar um reportório mais pesado, Norma, Trovador, Gioconda e até o Nabuco com as inevitaveis consequências vocais para uma voz que na sua essência continuava a ser a dum soprano lirico/ligeiro. Acredito que esta Traviata ainda pertença ao melhor periodo.
Já o vi. Cênicamente, são aquelas gestos do passado, porém, ela sempre foi uma grande atriz.
ResponderEliminarEstá maravilhosa.
Renata Scotto é e sempre será uma soberba intérprete. Acima da voz bonita, aprecio a musicalidade e a teatralidade. Nestes domínios, a Scotto tem que baste a sobre. Relativamente à Traviata, está ao nível de um outro DVD da VAI em que é a protagonista: a Lucia di Lammermoor com Bergonzi e Zanasi.
ResponderEliminarÉ isso mesmo, Hugo, a musicalidade infalível da Scotto. Como a Callas ela é extraordinária na sintaxe da linha melódica. Este termo, que se percebe com a definição de sintaxe, ou seja o estudo da organização das palavras na frase, "roubei-o" do grande maestro Gavazzenni, quando o vi numa entrevista sobre a Callas e falou de "sintaxe callaciana".
ResponderEliminarRaul, essa capacidade de compreender e, posteriormente, vocalizar o significado das palavras ou frases é algo que, infelizmente, vai rareando. Julgo que, em língua inglesa, é algo que eles caracterizam com a palavras "paint the words".
ResponderEliminarExiste uma passagem da Norma do Covent Garden com a Callas que para mim é o paradigma do que se entende por sintaxe do canto. O doseamento das notas é aquele e não outro.
ResponderEliminaro meu professor foi aluno do Sesto Bruscantini! :)
ResponderEliminarGosto muitissimo do Bruscantini. Os agudos são bastante nasais mas no seu caso é um pequeno preço a pagar pela sua intilegencia interpretativa.
ResponderEliminarJ. Ildefonso.