É, de resto, o conselho de Edward Seckerson, do The Independent:
«(...) She would never (or should never) sing Gilda in Verdi's Rigoletto in the theatre, for instance, but she can sing the aria "Caro nome" and did so here with cosy, warm-all-over rapture. There was bliss in the little trills, rash excitement in the sudden shrieks of delight above the stave. But the high D was pushed, not floated (another tell-tale sign), and before we could give that another thought she had hypnotised us by leaving the stage on an eternal final trill.
The point is that Dessay is a wonderful actress and can disguise her vocal shortcomings as few can. She almost convinced us that Violetta's act one rollercoaster from La Traviata was not a stretch for her. Emotionally it isn't, of course, and we could read every last vestige of conflict, indecision and deception in her face and body language. And she certainly gave us the wanton abandon vocally. But she must nurse her talent and think seriously about what and where she sings. No Violetta in the theatre, please.»
«(...) She would never (or should never) sing Gilda in Verdi's Rigoletto in the theatre, for instance, but she can sing the aria "Caro nome" and did so here with cosy, warm-all-over rapture. There was bliss in the little trills, rash excitement in the sudden shrieks of delight above the stave. But the high D was pushed, not floated (another tell-tale sign), and before we could give that another thought she had hypnotised us by leaving the stage on an eternal final trill.
The point is that Dessay is a wonderful actress and can disguise her vocal shortcomings as few can. She almost convinced us that Violetta's act one rollercoaster from La Traviata was not a stretch for her. Emotionally it isn't, of course, and we could read every last vestige of conflict, indecision and deception in her face and body language. And she certainly gave us the wanton abandon vocally. But she must nurse her talent and think seriously about what and where she sings. No Violetta in the theatre, please.»
Em primeiro lugar, muitos parabéns pelo Blogue, do qual sou assíduo visitante.
ResponderEliminarSe achar relevante, gostaria que divulgasse o Manifesto e a Petição presentes NESTE BLOGUE contra o Fim do Ensino Especializado da Música.
Muito Obrigado
Caro João. Em Paris, Natalie também começou o concerto com um ar apreensivo e algo nervoso e depois correu-lhe muito bem, principalmente em Bellini ("Qui la voce" e, em extra, a ária da Giulietta - esta está à medida para a sua voz) e na Lucia (também um extra). E apesar de Gilda e Violetta serem papéis pesados para ela (também concordo que não os deva cantar em cena), foi seguríssima e deslumbrante nas duas.
ResponderEliminarUm abraço.
Não estou de acordo com quem escreveu as linhas do poster. Certamente que não estou à espera que a Dessay vá cantar a Gioconda, mas a Gilda do Rigoletto por que não? Não sou a favor de especializações como se as vozes fossem instrumentos musicais. Esta grande cantora ao cantar a Gilda certamente contribuirá não só para nos dar muito prazer num papel já tão estafado como também nos ajudará a iluminar muitas passagens que já conhecemos de sobra.
ResponderEliminarRaul, apesar de Natalie cantar muito bem estes papéis (pelo menos em doses moderadas), parece-me que tem de se esforçar demasiado e ela é uma cantora que não se poupa. Ela própria diz que enquanto cantar é para dar tudo o que tem, ou então não vale a pena. E sabemos que a sua saúde vocal tem atravessado momentos menos bons, infelizmente. Temo que se ela insistir num repertório mais pesado os problemas se possam agravar. Foi nas árias de Bellini que a voz lhe saiu mais naturalmente.
ResponderEliminarCumprimentos.
Caro Paulo,
ResponderEliminarO crime compensa!!!
Caro Raúl
ResponderEliminarTenho o c.d. da Dessay e conforme já havia afirmado confirmo que o Bellini é a peça mais conseguida. Até uma ária moderadamente lírica como a da Stuarda é cantada com esforço evidente. Nota-se um certo vibrato persistente e o timbre perdeu alguma pureza. Sinceramente prefiro continuar a ouvir os c.d.'s anteriores da Dessay, esses sim, acima de qualquer crítica.
J. Ildefonso.
Queria acrescentar que além do mais pessoalmente penso que a Gilda beneficia bastante dum soprano lírico. Depois da Callas ter passado pelo Rigolleto tornaram-se intoleráveis as interpretações tipo "ingénua" que fizeram história. Mesmo a Scotto uma das melhores, ou talvez a melhor, Gilda da segunda segunda metade do século reviu a e repensou o papél nessa linha. Na gravação do Kubelik a Gilda é uma rapariga frágil mas também determinada e corajosa. Também a Gruberova tem uma interpretação muito interessante com o Sinopoli, a primeira em que se omitiram todas as notas supérfulas de tradição. Recentemente só a Cotrubas insistiu num modelo interpretativo ultrapassado e dificilmente defensável hoje em dia.
ResponderEliminarJ. Ildefonso.
Natalie Dessay
ResponderEliminarConcerto Köln
26 January 2008 / 19:30
Barbican Hall
Maria Stuarda - O nube che lieve
I Puritani - O rendetemi la vita
Rigoletto - Caro nome
La Traviata - Prelude to Act 1
La Traviata - E strano
I Capuleti & I Montecchi - O quante volte
Lucia di Lammermoor - Spargi d'amaro pianto
Natalie Dessay soprano
Concerto Köln
Evelino Pido conductor
I have also included a photo that I took on my mobile phone
In house recording with Cue sheets
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Part 1
Part 2