Este artigo põe a nu uma questão que sempre importunou (alguns) apreciadores de música lírica: qual o estatuto do contra-tenor, em termos de género?
A dita questão - que teve a sua razão de ser na época dos castrati -, na actualidade, apenas se (re)coloca por força do preconceito!.
Tanto quanto sei, Deller e Jacobs - à semelhança de Scholl – têm caracteres masculinos bem evidentes. Se são homo ou hetero, não sei e, para o caso, pouco interessa.
A verdade é que, a dada altura do artigo, o jornalista revela a sua surpresa diante da virilidade do contra-tenor alemão:
«Scholl is even taller than he seems in the photos, broad-shouldered, with a very firm handshake, (…)»
Pois é, meu caro! Eu, que meço 1,87m, perto do dito senhor, senti-me uma criatura de mediana estatura! Quanto ao vigor do aperto de mão, confirmo-o!
A páginas tantas da desoladora entrevista, Scholl põe os pontos nos iis:
«(…) "I'm the story-teller, I'm the shepherd, and I'm the nymph. But I don't have to behave in a feminine way for the nymph, that would be ridiculous. When the nymph arrives you just step to one side, and you use a different set of vocal gestures."»
Moral da história: à semelhança do jornalista, nos nossos dias, deparamos com muita frequência com o efeito protector do preconceito que, o mor das vezes, oculta questões problemáticas do / para o próprio!
No caso presente, o escriba projecta no intérprete as suas dúvidas relativas ao género – leia-se, à sua própria identidade masculina!
De facto, é mais fácil duvidar da virilidade de alguém que, apesar da masculinidade evidente, exibe uma voz pueril... "Questionar-se, a este respeito, nem por sombras!"
A dita questão - que teve a sua razão de ser na época dos castrati -, na actualidade, apenas se (re)coloca por força do preconceito!.
«Many people were bothered by the gender-bending nature of this high male voice, which lies in the "falsetto" range (ie it uses the same head tone that female singers use).»
Tanto quanto sei, Deller e Jacobs - à semelhança de Scholl – têm caracteres masculinos bem evidentes. Se são homo ou hetero, não sei e, para o caso, pouco interessa.
A verdade é que, a dada altura do artigo, o jornalista revela a sua surpresa diante da virilidade do contra-tenor alemão:
«Scholl is even taller than he seems in the photos, broad-shouldered, with a very firm handshake, (…)»
Pois é, meu caro! Eu, que meço 1,87m, perto do dito senhor, senti-me uma criatura de mediana estatura! Quanto ao vigor do aperto de mão, confirmo-o!
A páginas tantas da desoladora entrevista, Scholl põe os pontos nos iis:
«(…) "I'm the story-teller, I'm the shepherd, and I'm the nymph. But I don't have to behave in a feminine way for the nymph, that would be ridiculous. When the nymph arrives you just step to one side, and you use a different set of vocal gestures."»
Moral da história: à semelhança do jornalista, nos nossos dias, deparamos com muita frequência com o efeito protector do preconceito que, o mor das vezes, oculta questões problemáticas do / para o próprio!
No caso presente, o escriba projecta no intérprete as suas dúvidas relativas ao género – leia-se, à sua própria identidade masculina!
De facto, é mais fácil duvidar da virilidade de alguém que, apesar da masculinidade evidente, exibe uma voz pueril... "Questionar-se, a este respeito, nem por sombras!"
Eu também confirmo a firmeza do aperto de mão! LOL E eu senti-me bem pequenina, nos meus modestos 1.64m...
ResponderEliminarUma boa semana, Moura Aveirense