«OPERA lovers, myself included, are fond of wringing their hands about the failings of the present generation of singers compared with the great voices of the past. But in 2007, even as we furrow our brows about opera’s increased focus on the visual at the expense of the vocal, a number of artists offered evidence that the pendulum may be swinging back far enough that more singers understand the part about artistry, and are developing it.»
Faço minhas as palavras deste senhor!
Dado que sou, por natureza, um optimista, raramente me fixo em tiradas como a (mais decadente e déjà vue) "já não há vozes como outrora".
A idealização de que são alvo os intérpretes líricos do passado apenas dá conta da mais pura depressividade que governa alguns de nós!
Faço minhas as palavras deste senhor!
Dado que sou, por natureza, um optimista, raramente me fixo em tiradas como a (mais decadente e déjà vue) "já não há vozes como outrora".
A idealização de que são alvo os intérpretes líricos do passado apenas dá conta da mais pura depressividade que governa alguns de nós!
Esta citação é muito interessante, pois é bem verdade que actualmente a encenação tem um papel demasiado relevante, sendo por vezes uma caricatura de uma ideia. O que eu não estou de acordo principalmente é com muitas críticas que ao referirem as récitas dedicam linhas sem conta à encenação e meia dúzia ao canto. Ora se nos sentimos realizados ao ouvir um CD tanto como um DVD, porque o cénico-vocal foi aquilo que o compositor idealizou, então temos que:
ResponderEliminarCD + Encenação = DVD
sendo CD = ópera e DVD = ópera
então
ópera + encenação = ópera
=> encenação = 0
Claro que não é assim, mas as coisas devem ser postas no seu devido lugar.
Sobre a dicotomia "idade ideal <> presente" fica para depois, porque é um tópico interessantíssimo.
Esse senhor diz que alguns cantores entendem e desenvolvem o lado artístico. Ainda bem. Só assim o canto pode readquirir o seu papel na ópera, antes que comecemos todos a ir aos teatros para ver cenários e movimentação de cantores.
ResponderEliminarAgora, vozes como as de outrora, não sei se haverá. Por que razão continuam a ser grandes referências, na maioria dos casos, as gravações antigas? Fica a sensação de que havia condições óptimas, há algumas décadas, para se criarem verdadeiras obras de arte. Alterações no ar que respiramos podem ser uma das causas: canta-se e respira-se de maneira diferente. Mas também se vive e se sente de maneira diferente. Isto não impede que haja bons cantores, mas são diferentes...
Dizer que já não há vozes como outrora não é para mim resultado de um estado depressivo, pois partilho a visão do senso comum, mas outro tipo de problema.
ResponderEliminarGeracional, como é caso disso Carlo Bergonzi, quando afirma tal, como o li graças a este blogue. SE calhar não quis ouvir Rolando Villazon e outros tenores que não sendo Corellis ou di Stefano são igualmente muito bons, como é o caso de Marcelo Alvarez.
Outro problema é também o facto de outrora ter havido gerações de cantores que foram inferiores aos que lhe seguiram. Penso que é perigoso reduzir as coisas a dicotomias.
É um facto que a Caballé não foi substituída, nem a Nillson, nem temos um tenor mozartiano do calibre de Dermota; pior ainda é que nos falta um grande baixo na linha Cristoff, Siepi, Ghiaurov. Melhores tempos virão e por agora deliciemo-nos com cantores como Terfel, Dmitri H., R. Fleming, Nina Stemme, Natalie Dessay, Cecilia Bartoli, Rolando Villanzon,...