...de Glass, estreou-e em S. Francisco, no passado fim-de-semana.
«It addresses the topical question of war head on through the frame of history, taking as its setting the final days of America's 19th-century civil war - Appomattox is the tiny village in Virginia where the south surrendered to the north in April 1865.
Those days have acquired an almost mythological status in some American eyes for the spirit of magnanimity and reconciliation between the two sides. President George Bush himself is said to have studied them for enlightenment. Yet the civil war did not end with the surrender. Racial divisions continued to be vicious and, in some ways, the war is still being fought today. As Glass and Hampton are at pains to show, race remains the open wound that cuts across contemporary American life, a century and a half after Abraham Lincoln freed the slaves. It is the dominant theme of this new opera.»
Pois bem, o que P. Glass demonstra, através desta síntese (supostamente baseada no libreto da ópera), não é a possibilidade do termo do conflito, em termos latos - situação que, a meu ver, remete para o final da história, porquanto renega uma das mais fundamentais dimensões do homem , a saber, justamente a conflitualidade -, mas antes a possibilidade da metamorfose (ou actualização) da expressão conflitual.
Como dizia Freud, sabiamente (como quase sempre, aliás), e cito de cor: "Se quiserem a paz, procurem-na nos cemitérios."
Com franqueza, não nutro especial admiração por Glassssssssssssssssssssssssss, está bem de ver! Mas - caramba! - limitar o sentido desta composição a uma apologia da paz é, no mínimo, patético!
Só faltava convocar a pobre da Yemanjá, ladeada pelo Duo Ouro Negro entoando alegremente "Vou Levar-te comigo..."
Enfim, mudando de registo, fiquei mais tranquilo por saber que o Senhor Glass abandonou a ortodoxia minimalista! Assim reza esta notícia do The New York Times:
«It is sometimes forgotten that in the early days of Minimalism, Mr. Glass’s music seemed radical in its willingness to reiterate riffs and linger over lushly tonal and modal harmonies. Then came his more Romantic style, thick with chromatic harmony and less assertive in its rhythmic repetitions.»
«It addresses the topical question of war head on through the frame of history, taking as its setting the final days of America's 19th-century civil war - Appomattox is the tiny village in Virginia where the south surrendered to the north in April 1865.
Those days have acquired an almost mythological status in some American eyes for the spirit of magnanimity and reconciliation between the two sides. President George Bush himself is said to have studied them for enlightenment. Yet the civil war did not end with the surrender. Racial divisions continued to be vicious and, in some ways, the war is still being fought today. As Glass and Hampton are at pains to show, race remains the open wound that cuts across contemporary American life, a century and a half after Abraham Lincoln freed the slaves. It is the dominant theme of this new opera.»
Pois bem, o que P. Glass demonstra, através desta síntese (supostamente baseada no libreto da ópera), não é a possibilidade do termo do conflito, em termos latos - situação que, a meu ver, remete para o final da história, porquanto renega uma das mais fundamentais dimensões do homem , a saber, justamente a conflitualidade -, mas antes a possibilidade da metamorfose (ou actualização) da expressão conflitual.
Como dizia Freud, sabiamente (como quase sempre, aliás), e cito de cor: "Se quiserem a paz, procurem-na nos cemitérios."
Com franqueza, não nutro especial admiração por Glassssssssssssssssssssssssss, está bem de ver! Mas - caramba! - limitar o sentido desta composição a uma apologia da paz é, no mínimo, patético!
Só faltava convocar a pobre da Yemanjá, ladeada pelo Duo Ouro Negro entoando alegremente "Vou Levar-te comigo..."
Enfim, mudando de registo, fiquei mais tranquilo por saber que o Senhor Glass abandonou a ortodoxia minimalista! Assim reza esta notícia do The New York Times:
«It is sometimes forgotten that in the early days of Minimalism, Mr. Glass’s music seemed radical in its willingness to reiterate riffs and linger over lushly tonal and modal harmonies. Then came his more Romantic style, thick with chromatic harmony and less assertive in its rhythmic repetitions.»
Meu caro amigo,
ResponderEliminarPara mim isto é um mistério: Como cheguei aqui. E já que não sei por quanto tempo, aproveito e comento o que posso.
Mais um pequeno ponto de discordia: gosto muito da música de Philip Glass. Acho até que é o melhor compositor contemporâneo. Peço milhões de desculpas.
Raul