quinta-feira, 21 de junho de 2007

De la mise-en-scène

A propósito da nova produção de La Traviata, em cena no Palais Garnier, nesta peça jornalística, propõe-se duas concepções de mise-en-scène, que me permito citar:

«La première est la "méthode entonnoir" ou, pour les cas extrêmes, la "méthode hachoir" : elle consiste, pour un metteur en scène, à faire passer coûte que coûte le sens d'un ouvrage par le tuyau plus ou moins broyeur de sa vision personnelle.

(...)

La seconde méthode, hélas peu pratiquée ! consiste à regarder ce que l'oeuvre dit et à mettre son propre univers en résonance naturelle avec le propos et la musique

Prosaicamente, diria que a primeira assenta na subjugação da obra, enquanto a segunda serve a mesma obra. Se quisermos, a coisa quase se resume a um exercício de poder autocrático - no primeiro caso - e a um compromisso - no segundo.

Os psis da linha dinâmica, a este respeito, tenderão a aludir à Posição Narcísica versus Posição Objectal.

Porém, quando se trata de meter a mão na massa, as fronteiras tendem a esbater-se...

Enfim, coisas de teóricos !

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