terça-feira, 1 de maio de 2007

O 1º de Maio nas províncias Ultramarinas, quando Angôla e Lourenço Marques ainda êram nôssas

Quando o tio bôtas mandava nesta têrra – Ufff ! Parêce que ‘tá de vôlta! -, era assim o 1º de Maio em África, têrra de liberdade, prosperidade e opulência, onde todos êram iguais – uns mais pretinhos que outros, ê cêrto -, e assim.

Em África, tínhamos uma machamba, tínhamos um comércio, tínhamos um machibombo, tínhamos roças...

Depois, vieram os comunistas e tiraram-nos tudo, tudo! Tudinho!

Pelo andar da carruagem, acho que África inda vai ser nôssa, um dia, em brêve.


(A Nossa Lourenço-Marques)


(A Nossa Ângola)

13 comentários:

  1. Ui, João, se um retornado descobre isto...
    Raul

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  2. Confesso que me conseguiu confundir, caro Dissoluto...

    Filipe

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  3. Raul,

    É mesmo nesses que eu penso, quando escrevo estas coisas ;-))) Adoro o discurso dos "Tinhosos" ("Eu tinha... eu tinha, mas tiraram-nos tudo! Malditos comunistas"), blá, blá

    Um abraço para si !

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  4. Filipe,

    Caramba! Não se vê logo que estou a brincar :-)))

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  5. João,
    Eu conheci Angola (Mar-Set 1971) e Moçambique(Ag 1974-Jun 1975)e havia diferenças em relação aos pretos: Moçambique era muito racista, mas em Angola havia muito branco ombro a ombro com o preto. Havia também um desenvolvimento, que se esquecermos a África do Sul não tinha paralelo na África Subsahariana. Isto não desculpabiliza o Colonialismo, que é uma mancha na História da Humanidade, assim como foi a Escravatura, mas o Homem não é instintivamente altruísta.
    Raul

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  6. Très Chère Hélène,

    Je savais que ce post allait vous plaire, depuis le départ ;-)))

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  7. Agora compreendo...=))))
    Não tinha percebido o seu tom irónico...

    Filipe

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  8. A 1ª foto seguramente não é da antiga Lourenço Marques!
    Também não gosto dos tinhosos, e nasci e vivi lá e já da 3ª geração.
    O colonialismo não foi do botas. Já existia!
    Se o colonialismo é uma mancha na história da humanidade o que lá se passa agora precisava de uma barrela completa.
    Bendito colonialismo dos romanos que nos trouxeram os gregos e todo o classicismo.
    Quanto ao resto perguntem às inúmeras crianças vítimas de sacrifícios humanos que ainda existiam nos anos setenta do século passado. Sei-o por ouvir contar com o terror estampado no rosto a uma empregada.
    E agora vou ouvir a Italiana em Argel antes que as consciências politicamente correctas se lembrem de a proibir!

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  9. Xico,

    Garantidamente, a primeira foto é de Moçambique. Ninguém disse que foi o botas a instaurar o colonialismo!
    Quanto ao resto, aproveite A Italiana em Árgel ;-)
    Depois dir-lhe-ei o que achei - vou à récita de 10.

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  10. Pois pode ser Moçambique mas não é Maputo!
    Espero ir a S. Carlos a 5. Agora contento-me com o rádio! Até agora achei a que vi há 20 anos melhor, principalmente no que ao tenor diz respeito. Era o William Matteuzzi, que no final do 1º acto pareceu-me que dava uma nota muito mais aguda que o que se ouve hoje!

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  11. Xico,

    O Matteuzzi era do melhorio! Agora já está decadente, mas ainda ladeou a Bartoli - Cenerentola, Barbieri, - com um brilho notável! Tinha um agudo brilhante :-)

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  12. Eu vi A Italiana há 20 anos no S. Carlos com o Matteuzzi. Todas as qualidades, mas com um problema: voz pequena. Quando ouvi pela primeira vez a voz em gravação de estúdio foi uma surpresa.
    Raul

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