sábado, 25 de março de 2006

TERFEL & Offenbach

Esta noite, pelas 20:50h, no canal MEZZO (hora local), oportunidade rara de assistir a esta récita de Os Contos de Hoffmann, de J. Offenbach.



Não sou um apreciador particular deste tipo de repertório. Acresce a esta circunstância a má recepção desta produção, tanto pela crítica, como pelo público da Bastilha...

A razão da sinalização da efeméride? A presença de TERFEL na pela dos quatro vilões!

8 comentários:

  1. A esta produção contraponho estas duas também em Dvd:
    a)Prêtre: Domingo, Serra, Baltsa, Cotrubas, Nimsgern, Ghiuselev, Lloyd (Covent Garden, 1981)
    b)Nagano: Galvez-Vallejo, Dessay, Vernet, Hendricks, van Dam, Bacquer (Opera de Lyon, 1993)
    Duas produções sem falhas, a (a), assinada pelo John Schlesinger é luxuriante e tem os cortes habituais; a (b), feita em casa por conhecedores do texto, sem cortes , polémica. As interpretações são todas notabilíssimas: o Domingo, como seria de esperar, domina a (a), enquanto a (b) muito equilibrada, conta com a sempre excepcional contribuição do Jose vam Dam e uma Olympie fabulosa: Natalie Dessey.
    Raul

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  2. Raul,

    Espantosamente, não disponho de nenhuma interpretação desta ópera, nem em cd, nem em dvd, embora conheça as duas a que faz referência!

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  3. João,
    Em CD há uma com Hoffmann ideal, seguido do um portentoso elenco: Cluytens: Gedda, D´Angelo, Schwarzkopf, Los Angeles, London, Blanc, Ghiuselev (EMI)
    A ideia do Legge para a Olympie era a Callas (como foi para a Dona Anna do Giulini) , mas La Divina recusou. O Gedda e a Los Angeles (os melhores intérpretes de ópera francesa da sua geração) estão insuperáveis; os vilões estão distribuídos, destacando-se a grande interpretação do belga Ernest Blanc. Dame Legge-Schwarzkopf está fora do seu campo, mas como tem intelegência e génio, a coisa passa. A versão tem muitos cortes.
    Sei de outras,como por exemplo uma com a Sutherland em todos os papeis e em companhia do Domingo, mas nunca as ouvi. Em todo o caso eu comprava um dos DVD em vez do CD.
    Raul

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  4. Raul,

    Em França, o mais reputado Hoffman era o da ERATO, com Alagna, Jo e Dessay, dirigido por Nagano, se não estou em erro.

    Não creio ser em breve que vou travar conhecimento com esta ópera... Ver-se-á

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  5. João,
    Eu aprecio Os Contos de Hoffmann porque tem em muitas partes da partitura melodias belíssimas: a ária de Olympie e a sua última intervenção, a ária "Scintille, diamant", o concertante do episódio veneziano, a ária de Antónia e o terceto do episódio desta,...
    Offenbach é também como uma resposta francesa a J. Stauss e o seu humor é infindável (mais próximo do nosso ) e baseado numa sátira cultural e política- como não pode deixar de ser -, orientada para Antiguidade Clássica e não só.
    Títulos como La belle Hélène e Orphée aux Enfers são dignos de ser escutados. E as árias "Tu nés pas beau...Je t´adore", "O mon cher amant, je te jure", e "Ah!quel diner" de "La Périchole" pela divina e adoradíssima por mim Régine Crespin são um "must" e estão incluídas no CD Decca 444 416-2 intitulado "Régine Crespin - Grandi Voci". Este Cd é o testemunho da melhor cantora francesa do século XX e uma das melhores vozes de sempre. Jamais a beleza sonora da língua francesa foi melhor enunciada. Provavelmente estou a falar do que já sabe sobejamente...
    Raul

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  6. Raul,

    A Crespin era óptima! Porventura, a mais mal amada (pelos franceses) das cantora líricas. Os Wagner dela eram soberbos! Quanto a Offenbach, admito os meus preconceitos...

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  7. Sim, a Crespin acreditava que na França, principalmente na Ópera de Paris, havia uma cabala contra ela. Fora da França era adorada, principalmente na Inglaterra e nos Estados Unidos.
    Raul

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  8. Raul,

    Aqui para nós, acho que a Crespin tinha aquilo a que os psi´s chamam traços paranóicos ;-)

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