sexta-feira, 13 de janeiro de 2006

La Nilsson: obsessão...

o WASHINGTON POST redige o melhor artigo que li a respeito (do desaparecimento) da gloriosa Nilsson, de que me permito citar o seguinte excerto: «She conquered New York in the last days of 1959, singing a "Tristan und Isolde" at the Metropolitan Opera that was followed by a 15-minute shouting, stomping and standing ovation that became par for the course whenever Nilsson performed. The public demonstration after a 1980 Met performance of "Elektra," when Nilsson was in her sixties, went on for even longer. Almost a half-hour elapsed before the lights came up and we reluctantly agreed to go home. Never before or since have I seen an audience so hysterically excited -- and for all the right reasons.»

Curosamente, apenas os jornais americanos - WASHINGTON POST, CBS NEWS e NEW YORK TIMES (como ontem referi, neste post) - fazem referência destacada à morte desta Valquíria.

...triste demonstração europeia de apreço pelas suas lendas...

8 comentários:

  1. Tudo o que se disser sobre a suprema arte da Nilsson é sempre pouco:na Brunilde e Elektra foi a melhor de sempre;na Isolda, só a Flagtad a superou, mas esta foi a melhor cantora do século;na Salomé, Tosca e a fideliana Leonora está entre as grandes. Quando soube da sua morte ouvi a sua Elektra.
    Raul

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  2. Concordo consigo, caro Raúl!

    Não sei se a Flagstad foi a melhor do século, ainda assim!!! Em matéria de soprano dramático, sem dúvida! Mas no que ao spinto diz respeito, adivinhe quem leva a melhor...

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  3. Mas não é o soprano dramático (o wagneriano e os do reportório italiano) a voz das vozes !? É certo que ninguém "spintou" melhor do que a voz da Nilsson, tem toda a razão, caro "dissoluto".
    Outra coisa: que tristeza ! A Nilsson morreu, precedida pela Tebaldi e pela Los Angeles. Quem no panorama actual lhes agarrou o "testemunho" ? Ninguém.
    Obrigado por me ter respondido.
    Raul (desculpe, mas não leva acento)

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  4. Já me esquecia:
    Conhece o Farewell Concert de 20.05.55 da Flagstad em Nova Iorque ? A referêcia é Palladium PD 4218. Tudo é excepcional e se pensarmos que a grande cantora tem 60 anos !!! No entanto, há dois "coisas" que arrepiam: o legato do "Du bist der Lenz" e final do segundo dos "Wesendonck Lieder".
    Este CD acompanha-me para toda a parte.
    Raul

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  5. Caro Raul,

    Não conheço o citado registo, mas vou tratar de o adquirir! O Anel que tenho de Solti conta com a GRANDE Flagstadt... n´O Ouro do Reno! Conhece? É uma gravação que antecedeu a morte da intérprete!

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  6. Raul (sempre sem ´!)

    Acho que as citadas Divas têm sucessores... Aguarde uns anitos e verá se LA Mattila não canta a Isolda! A última vez que falei com ela (no Met, depois de uma soberba Salome, uuuuuuuuui), disse-me que a sua futura Isolda não era uma miragem...

    Além dela, a Isolda da Stemme é tambem monumental, não pela pujança, mas pelo rigor e lirismo dramático (?!)

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  7. Tenho A Tetralogia completa (tíve-a em vinil e agora em CD) do Solti. É muito curiosa a reacção dos músicos da Filarmónica de Viena quando a Flagstad abriu a boca no primeiro ensaio. Reza assim: "At about 16:20that afternoon we ( John Culshaw dixit) made our first test of the opening of the second scena and when Flagstad sang her first line -- "Wotam! Gemahl! erwache" --the entire orchestra turned round to gape in amezement, so extrordinary was the authority and the power of her voice"
    A Matilla e a Fleming são sem sombra de dúvidas as maiores cantores da actualidade, mas imagina-as em carreiras nos anos sessenta, por exemplo ? Teriam o nome que a Freni nessa época.
    Raul
    P.S.
    Raul não pode levar acento, porque o "l" velar desfaz o ditongo e todas as palavras terminadas em "l" em português são acentuadas na última sílaba.

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  8. Raul,

    A Flagstad era soberba, mas nos papeis mais pesados! Quanto à Mattila e à Fleming, por magníficas que sejam (sobretudo a primeira!!!), não são as únicas; veja-se o caso da Stemme, da Voigt, por exemplo.

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