segunda-feira, 28 de novembro de 2005

Kózena e Daniels, ontem na Gulbenkian - crónica solta...

Ela foi insidiosa... Entrou de mansinho, a voz foi-se abrindo, aos poucos, qual flor graciosa. Por fim, dela, brotava uma luminosidade incandescente, estonteante! De um lirismo inconcebível...

Ele entrou algo parco e contido, prudente até à exaustão. O volte-face veio na segunda parte. Triunfou na bravura; arrebatou pelo folgo desmesurado. Transcendeu-se...

Aos poucos, isolados, materializaram momentos de milagre.

Por fim, nos encores, excederam-se na expressão, na disciplina e na técnica.
Terminaram onde haviam de ter começado!

Longe de um concerto de antologia, ambos foram brilhando...

7 comentários:

  1. Caro JGA,

    A Kózena, em condições normais, exaltaria o meu verbo. Acontece que, estando de momento nos Países Baixos, os meus (poucos) miolos congelaram... Nem a Madalena me vale!

    Saudações tremidas,

    HVA

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  2. Comentário?

    Esse seu comentário merece, isso sim, um aplauso!

    Jacques

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  3. Caro João:

    O teu comentário deixou-me ainda mais desconsolado por não ter podido ir ao concerto. Admirador confesso de ambos (sobretudo de Daniels, do qual tenho praticamente toda a discografia) e do repertório operático Handeliano, quebra-se o meu espírito por não ter presenciado os momentos de iluminação e transcendência. Da última vez que o DD esteve cá disse-lhe que iria a Amsterdão ouvir uma récita do Giulio Cesare, quem sabe se não poderemos ir com a fada?

    Um abraço

    Macabre

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  4. Oh Jacques,

    Fico sem palavras diante de tão simpático compliment...

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  5. MyHiraeth, HVA e Macabre,

    Diz o povo que há mais marés do que marinheiros :-)
    Ocasiões de rever a dupla não hão-de faltar!

    João

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  6. Aiiiiii Fada! Nem me digas nada! Terfel em Lisboa seria como instalar um mega-manicómio, no melhor dos sentidos!!!

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