sábado, 2 de abril de 2005

Rolando Villazon triunfa em Paris



O Théâtre des Champs-Élysées constitui a quarta sala de maior importância, em matéria de música dita erudita, em Paris.


Na maioria dos casos, a programação é muito cuidada e eclética, sendo os interpretes (habitualmente...) estrelas, ou em ascensão, ou em franca decadência. Raramente assisti, no teatro em questão, a triunfos protagonizados por desconhecidos.

Recordo - com mágoa - alguns recitais de grandes figuras da lírica dos anos 70, 80 e 90, marcados pela degradação e depreciação vocais: Hendricks (99), Lott (2000) e Te Kanawa (2001); à l´autre extrème, relembro a estrondosa prestação de Isokoski - então em franca ascensão, na velha Europa e nos EUA -, numa sala com pouco mais de 50 pessoas !

Segundo o Le Monde - edição de 1 de Abril -, o tenor mexicano Rolando Villazon, cuja carreira tem sido meteórica, em matéria de reconhecimento, levou a sala da av. Montaigne ao rubro :

"Avec Rolando Villazon, cela fait bien longtemps que le Théâtre des Champs-Elysées n'avait été à pareille fête. Un public qui en aurait pour un peu oublié ses bonnes manières tant l'artiste possède ce don rare de mettre une salle en état d'amour et d'enthousiasme par la seule grâce de sa présence. Tout n'était pas parfait, notamment dans les airs d'opéra français : une intonation un peu basse dans l'air "En fermant les yeux" du Manon de Massenet, un manque de legato dans "Source délicieuse" du Polyeucte de Gounod, quelques attaques improbables dans Le Cid (Massenet).

Mais la voix de Rolando Villazon éclaboussait une telle joie de musique, dardait une telle concentration dans l'expression, que le chanteur lui-même en restait pantelant à la fin des airs. Le maximum fut donné et révélé dans le vérisme italien de Donizetti (Il Duca d'Alba), Verdi (Macbeth) et plus encore Cilea et Puccini et ce, en dépit d'un "E lucevan le stelle" de Tosca, magnifiquement interprété, mais malheureusement précédé de son récitatif ­ idée théâtralement pertinente, musicalement malencontreuse. Très loin derrière Rolando Villazon, il y avait l'Orchestre de l'Opéra royal de Wallonie, dirigé par Marco Zambelli."

Villanzon parece perpetuar a mestria, o talento e a fama de tenores latino-americanos como Alva, Lima, Araiza, Vargas, Alvarez e Giménez, para não mencionar o igualmente jovem Flórez.

No que me diz respeito, o interprete mexicano ainda não me conquistou em absoluto... Ouvi o primeiro cd que gravou para a etiqueta Virgin, que apenas me impressionou pela beleza do timbre ! Côté interpretatif, il n´apporte rien de vraiment nouveau, pour l´instant...
À suivre...

Sem comentários:

Enviar um comentário